terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

As formas de governo, estas são tradicionalmente categorizadas em

As formas de governo, estas são tradicionalmente categorizadas em:
·         MONARQUIA é a mais antiga forma de governo ainda em vigor. Nela, o chefe de Estado se mantém no cargo até à sua morte ou à sua abdicação, sendo normalmente um regime hereditário. O chefe de Estado dessa forma de governarão recebe o nome de monarca(normalmente com o título de Rei ou Rainha) e pode também muitas vezes ser o chefe do governo. A ele, o ofício real de governo, é sobretudo o de reger e coordenar a administração da nação, em vista do bem comum em harmonia social.

·         REPÚBLICA: vem do latim res publica, "coisa pública" é uma estrutura política de Estado ou forma de Governo em que, segundo Cícero, são necessárias três condições fundamentais para caracterizá-la: um número razoável de pessoas; uma comunidade de interesses e de fins; e um consenso do direito. As Republicas dividem em:

1.    Repúblicas mercantis: As repúblicas reapareceram na Europa no final da Idade Média, quando uma série de pequenos estados adotaram sistemas republicanos de governo. Apesar de geralmente pequenas, eram repúblicas comerciais ricas em que a classe mercantil adquiriu proeminência social e política;


2.    Repúblicas protestantes:

§  A Repúblicas Italianas: A mais importante foi a teologia calvinista, que se desenvolveu na Confederação Suíça, uma das maiores e mais poderosas repúblicas medievais. João Calvino não pediu a abolição da monarquia, mas defendeu o direito dos fiéis a derrubar os monarcas contrários à religião. O calvinismo também defendia um rigoroso igualitarismo e uma oposição à hierarquia

§  República Inglesa teve vida curta e a monarquia foi restaurada onze anos depois.

§  República Holandesa continuou oficialmente até 1795, mas, a partir de 1747, o Stadthouder (regente) torna-se um monarca de fato. 


3.     Repúblicas liberais: No início da idade moderna, assistiu-se, na Europa, a duas evoluções antagônicas. Por um lado, a monarquia absolutista substituiu a monarquia descentralizada que havia existido na maior parte da idade média. Por outro, foi-se desenvolvendo uma forte reação contra o poder absoluto dos monarcas, levando à criação de uma nova ideologia conhecida como liberalismo;


4.    Repúblicas socialistas e comunistas: Entre a década de 1920 e o início da de 90, numerosos estados adotaram designações como "república democrática", "república popular" ou "república socialista": República Popular da Mongólia (1924-1992), República Popular Federal da Jugoslávia (1946–1963), República Popular de Angola (1975–1992), República Popular Democrática do Iémen (1967–1970), República Democrática Alemã(1949–1990), República Socialista do Vietname (1976-atualidade), etc.


5.    Repúblicas islâmicas: Muitas repúblicas de população majoritariamente muçulmana quiseram juntar a palavra "islâmica" à sua designação oficial. O Paquistão, por exemplo, adotou o título através da Constituição de 1956; a Mauritânia adotou-o em 28 de novembro de 1958; o Irão após a Revolução Iraniana de 1979 que derrubou a dinastia Pahlavi; o Afeganistão após o derrube dos talibãs em 2001.

Sistemas republicanos mistos: Um chefe de estado e de governo combinado é eleito pela legislatura, no entanto, não estão sujeitos as confianças parlamentares durante o seu mandato (embora o seu gabinete esteja).

·         ANARQUIA (com ausência de Estado, autogoverno): De um modo geral, anarquistas são contra qualquer tipo de ordem hierárquica que não seja livremente aceita e, assim, preconizam os tipos de organizações libertárias baseadas na livre associação: Para muitos anarquistas cristãosJesus é considerado o primeiro anarquista "O verdadeiro fundador da anarquia foi Jesus Cristo, e a primeira sociedade anarquista foram seus apóstolos". O anarquismo não trata somente de uma sociedade futura, trata também da luta que ocorre hoje. Não é uma condição mas um processo que criamos com nosso ativismo e nossa autolibertação.
·         Hoje o movimento anarquista, embora ainda frágil, organiza centenas de milhares de revolucionários em muitos países. Espanha, Suécia e Itália têm movimentos libertários que contam com mais de 250 mil filiados entre eles. Quase todos os demais países europeus têm vários milhares de anarquistas ativos. Grupos anarquistas têm aparecido pela primeira vez em outros países, incluindo Nigéria e Turquia. Na América do Sul o movimento teve uma assombrosa recuperação. Uma página de contatos divulgada pelo grupo venezuelano Correo A lista mais de 100 organizações em quase todos os países.

Para Aristóteles, reconhecido como fundador do pensamento e da Ciência Política, as formas de governo são subdivididas em 2 grupos, o de "formas puras" e o de "formas desviadas":
Formas puras de Governo (governo para o bem geral):
a)         Monarquia - Governo de um só
b)         Aristocracia - Governo de poucos ou dos melhores
c)          Democracia - Governo do povo

Formas impuras de Governo (governo para o bem individual ou de um grupo):
a)    Tirania - Governo de um só para o seu interesse ou de um grupo familiar
b)    Oligarquia - Governo de poucos para seu interesse ou de um grupo social
c)     Demagogia - Governo exercido pela maioria para oprimir a minoria

Outras formas de exercício do PODER
FORMAS DE GOVERNO: PODER DA AUTOCRACIA

CONCEITUAÇÃO: AUTOCRACIA: tem o sentido, a partir da análise dos radicais gregos autos (por si próprio) e kratos (poder), de poder por si próprio. É uma forma de governo na qual há um único detentor do poder político-estatal, isto é o poder está concentrado em um único governante, podendo ser este um líder, um comitê, um partido, uma assembleia, etc. O governante tem controle absoluto em todos os níveis do Estado.
§  Uma autocracia pode ser tanto um regime autoritário como um regime totalitário. Como exemplos históricos concretos de autocracia, pode-se citar a monarquia absolutista, o cesarismo plebiscitário de Napoleão, o neopresidencialismo, o regime nazista, o regime das Repúblicas Socialistas Soviéticas e os governos ditatoriais na América Latina, como os militares no Brasil e no Chile e o socialista em Cuba.

As AUTOCRACIAS se subdividem em:
1.      AUTORITARISMO: é uma forma de governo que é caracterizada por obediência absoluta ou cega à autoridade, oposição a liberdade individual e expectativa de obediência inquestionável da população.
O autoritarismo possui as seguintes características para permanecer no poder:
·         Exclusividade do exercício do poder.
·         Arbitrariedades.
·         Enfraquecimento dos vínculos jurídicos do poder político.
·         Alteração da legislação institucional criando regras para a automanutenção do poder.
·         Restrição substancial das liberdades públicas e individuais.
·         Impulsividade nas decisões.
·         Agressividade à oposição.
·         Controle do pensamento.
·         Censura às opiniões.
·         Cerceamento das liberdades individuais, de pensamento, religiosas e de imprensa.
·         Cerceamento das liberdades de movimentação.
·         Emprego de métodos ditatoriais e compulsórios de controle político e social.
Os regimes autoritários sempre coincidem com a figura do ESTADO DE EXCEÇÃO, este é diametralmente oposto ao ESTADO DE DIREITO. O autoritarismo apesar da relação com o militarismo, nem sempre caminha junto ao estado militarista, mas para se manter no poder precisa daqueles que são os representantes das forças armadas nacionais. Criando por vezes muitas relações entre os militares, os políticos e os detentores do poder econômico.
Estado De
Exceção:
É uma situação temporária de restrição de direitos e concentração de poderes que, durante sua vigência, aproxima um Estado sob regime democrático do autoritarismo:
§ Estado de Defesa (previsto no art. 136 da Constituição brasileira), ou de Emergência (tratado no art. 19 da Constituição portuguesa), é a espécie mais branda do estado de exceção. Pode ser decretado para garantir em locais restritos e determinados a ordem pública ou a paz social, ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou calamidades naturais de grandes proporções.

§ Estado de sítio: O estado de sítio é uma medida que possui duração de até 30 dias, podendo ser prorrogada por igual período em caso de persistência das razões de excepcionalidade.


Estado De
 Direito:
É uma situação jurídica, ou um sistema institucional, no qual cada um é submetido ao respeito do direito, do simples indivíduo até a potência pública. O estado de direito é assim ligado ao respeito da hierarquia das normas, da separação dos poderes e dos direitos fundamentais. O estado de direito é aquele no qual os mandatários políticos (na democracia: os eleitos) são submissos às leis promulgadas.

Estado democrático de direito é um conceito de Estado que busca superar o simples Estado de Direito concebido pelo liberalismo. Garante não somente a proteção aos direitos de propriedade, mais que isso, defende através das leis todo um rol de garantias fundamentais, baseadas no chamado "Princípio da Dignidade Humana".


O sistema autoritário necessariamente não precisa ser originário de um sistema econômico que supervaloriza o chamado complexo industrial-militar, podendo ser financiado e tutelado pelo poder militar de nações estrangeiras e dominadoras da economia de uma determinada região.

2.      FASCISMO: é uma forma de radicalismo político autoritário nacionalista1 2 que ganhou destaque no início do século XX na Europa. Os fascistas procuravam unificar sua nação através de um Estado totalitário, que promovia a vigilância sobre os cidadãos, forte, que mobilizava em massa a comunidade nacional, fazendo-a confiar em um partido de vanguarda que iniciasse uma revolução e organizasse a nação em princípios fascistas. Era hostil à democracia liberal, ao socialismo e ao comunismo, apesar de possuir semelhanças com os últimos dois. Os movimentos fascistas compartilham certas características comuns, incluindo a veneração ao Estado, a devoção a um líder forte e uma ênfase em ultranacionalismo, etnocentrismo e militarismo. O fascismo vê a violência política, a guerra, e o imperialismo como meios para se alcançar o rejuvenescimento nacional e afirma que as nações heranças consideradas superiores devem obter espaço deslocando ou eliminando aquelas consideradas fracas ou inferiores, como no caso da prática fascista modelada pelo nazismo.
§  A aparição do fascismo como uma força dominante é um fenômeno de apenas alguns anos que pode ser datado precisamente, ele começou em 1922/1923, com a emergência do Partido Nacional Fascista italiano liderado por Mussolini e terminou em 1945 com a derrota e morte de Mussolini e Hitler. Além da Itália e Alemanha, registraram-se movimentos fascistas de destaque na Áustria, Bélgica, Grã-Bretanha, Finlândia, Hungria, Romênia, Espanha bem como na África do Sul e Brasil: No BrasilPlínio Salgado fundou, em 7 de outubro de 1932, a Ação Integralista Brasileira, influenciado pelo fascismo italiano.

3.      ABSOLUTISMO: é uma teoria política que defende que alguém (em geral, um monarca) deve ter o poder absoluto, isto é, independente de outro órgão. É uma organização política na qual o soberano concentrava todos os poderes do estado em suas mãos. O Estado absolutista foi um processo importante para a modernização administrativa de certos países.

4.      DESPOTISMO ESCLARECIDO: (ou ilustrado, ou ainda absolutismo ilustrado) é uma expressão que designa uma forma de governar característica da Europa continental da segunda metade do século XVIII, que embora partilhasse com o absolutismo a exaltação do Estado e do poder do soberano, era animada pelos ideais de progresso, reforma e filantropia do Iluminismo. Ou seja, havia, por um lado, uma ruptura parcial com a tradição Medieval, mas, por outro, não eram acolhidas todas as ideias do Iluminismo , com a definição entre a combinação desses diferentes ideais e a sua concretização pertencendo ao próprio déspota. O despotismo esclarecido desenvolveu-se sobretudo no leste europeu (ÁustriaPrússia e Rússia), Estados então recentemente constituídos, de economia em geral atrasada e essencialmente agrícola, nos quais a burguesia era muito fraca e, consequentemente, com pouco poder político.

5.      DESPOTISMO: é uma forma de governo na qual uma única entidade governa com poder absoluto. Pode ser uma entidade individual, como numa autocracia, ou pode ser um grupo como numa oligarquia. O despotismo constitui uma das formas mais autoritárias de se governar um Estado ou uma nação.
O despotismo é, sem dúvida, a forma mais simples de governo. É baseado em um conceito simples: o poder detém a razão. Numa sociedade despótica, o poder é mantido inquestionavelmente por aqueles que detêm o poder sobre as forças armadas e consequentemente, podem reforçar suas ordens. Por causa da opressão experimentada neste tipo de regime, os déspotas frequentemente percebem que sua aptidão para controlar a população é proporcional ao uso de tropas armadas nas cidades e nas cidades em que as pessoas moram.
ü  Déspota é uma qualificação dada à pessoa que governa de forma arbitrária ou opressora. Muitas vezes atingem o poder pelas vias democráticas ou movimentos populares, mas com o tempo busca enfraquecer as demais instituições, reger leis de interesse próprio e adquirir autoridade absoluta. É o mesmo que ditador, ou seja, o indivíduo que exerce todo o poder político sozinho ou com um pequeno grupo de pessoas sufocando seus opositores.
ü  Déspota Esclarecido é uma junção do absolutismo com as ideias iluministas, recebem este nome pois são tiranos esclarecidos. Grandes déspotas esclarecidos foram: Frederico II da Prússia, Catarina, a Grande, Marquês de Pombal e o sacro imperador romano-germânico José II.
País
Déspota
Cuba Cuba
Cuba Cuba

6.      DITADURA: é um dos regimes não democráticos ou antidemocráticos, ou seja, governos onde não há participação popular, ou em que essa participação ocorre de maneira muito restrita. Na ditadura, o poder está em apenas uma instância, ao contrário do que acontece na democracia, onde o poder está em várias instâncias, como o legislativo, o executivo e o judiciário.
Diz-se que um governo é democrático quando é exercido com o consentimento dos governados, e ditatorial, caso contrário. Diz-se que um governo é totalitário quando exerce influência sobre amplos aspectos da vida dos governados, e liberal caso contrário. Ocorre, porém, que, frequentemente, regimes totalitários exibem características ditatoriais, e regimes ditatoriais, características totalitárias. O estabelecimento de uma ditadura moderna normalmente se dá via um golpe de estado.  
A ditadura como um regime onde o governante aglutina os poderes executivo, legislativo e judiciário. Assim sendo o ditador busca controlar os setores mais importantes de seu país, para legitimar sua posição.

7.      DITADURA MILITAR: A Ditadura Militar é o modelo de mais forte dessa corrente de governo, onde o poder político é efetivamente controlado por generais e comandantes do exército do país. Foi muito utilizado na América Latina na segunda metade do século XX, quando um ou uma junta de militares assumia o poder. Em qualquer caso, o líder da junta ou o único comandante pode muitas vezes pessoalmente assumir mandato como chefe de estado.
Os regimes militares são formados após um golpe de Estado derrubando o governo anterior, seja qual for o regime que ele assume, e não importa qual o tendência ideológica que ele segue. A ditadura pode ser de cunho nacional-socialista, como Hitler, na Alemanha, fascista, como Mussolini, na Itália, ou comunista como Fidel Castro, em Cuba.

Alguns tipos de Ditadura

 

 

 

 

Na Europa:

 

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/5c/Flag_of_Portugal.svg/20px-Flag_of_Portugal.svg.png Portugal: o Golpe de 28 de Maio de 1926 gerou uma ditadura que só seria eliminada em 1933 com a criação da Segunda República Portuguesa ou Estado novo, criado por Salazar, resultando numa república autoritária que viria a ser derrubada num golpe militar na Revolução de 25 de Abril em 1974.
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/03/Flag_of_Italy.svg/20px-Flag_of_Italy.svg.png Itália, sob o fascismo (1922–1943);
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/ba/Flag_of_Germany.svg/22px-Flag_of_Germany.svg.png Alemanha, sob o nazismo (1933–1945);
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a1/Flag_of_East_Germany.svg/20px-Flag_of_East_Germany.svg.png Alemanha Oriental, sob o comunismo (1949–1990);
Flag of Spain.svg Espanha, entre 1923 e 1930 e de 1939 a 1975;
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c3/Flag_of_France.svg/20px-Flag_of_France.svg.png França, do Marechal Pétain (1940–1944);
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/73/Flag_of_Romania.svg/22px-Flag_of_Romania.svg.png Roménia: a de Gheorghe Gheorghiu-Dej e, mais tarde, a de Nicolae Ceauşescu;
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/9a/Flag_of_Bulgaria.svg/22px-Flag_of_Bulgaria.svg.png Bulgária: a de Georgi Dimitrov e, mais tarde, a de Todor Jivkov;
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/5c/Flag_of_Greece.svg/20px-Flag_of_Greece.svg.png Grécia, de Ioánnis Metaxás (1936–1941), e mais tarde, sob a ditadura dos coronéis (1967–1974);
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/71/Flag_of_SFR_Yugoslavia.svg/20px-Flag_of_SFR_Yugoslavia.svg.png Iugoslávia: a de Josip Broz Tito e, mais tarde, a de Slobodan Milošević.
*        União Soviética: a de Vladimir Lenin, e mais tarde, Josef Stalin, Nikita Khrushchov, Leonid Brejnev e Mikhail Gorbachev (1917–1991).

 

 

 

 

Na Ásia:

 

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/ca/Flag_of_Iran.svg/20px-Flag_of_Iran.svg.png Irão: a ditadura de Mohamed Reza Pahlevi, derrubada em 1979 por uma revolução fundamentalista muçulmana que introduziu outro tipo de ditadura, a teocrática;
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/9f/Flag_of_Indonesia.svg/20px-Flag_of_Indonesia.svg.png Indonésia, a do general Sukarno, seguida pela do general Suharto;
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/99/Flag_of_the_Philippines.svg/20px-Flag_of_the_Philippines.svg.png Filipinas, a de Ferdinand Marcos, obrigado a abandonar o país em 1986
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/83/Flag_of_Cambodia.svg/20px-Flag_of_Cambodia.svg.png Camboja: ditadura militar do general Lon Nol, sucedida pelo governo do Khmer Vermelho sob o comando de Pol Pot.
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f6/Flag_of_Iraq.svg/22px-Flag_of_Iraq.svg.png Iraque, durante o governo de Saddam Hussein.
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/51/Flag_of_North_Korea.svg/20px-Flag_of_North_Korea.svg.png Coreia do Norte, ditadura totalitária stalinista controlada atualmente por Kim Jong-un, após a morte de seu pai Kim Jong-il.
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/fa/Flag_of_the_People%27s_Republic_of_China.svg/22px-Flag_of_the_People%27s_Republic_of_China.svg.png China, ditadura totalitária stalinista controlada por Mao Tsé-Tung.

 

 

 

 

 

Na África:

 

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/4e/Flag_of_Uganda.svg/20px-Flag_of_Uganda.svg.png Uganda: a ditadura do general Idi Amin
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/fe/Flag_of_Egypt.svg/22px-Flag_of_Egypt.svg.png Egito: durante o governo de Hosni Mubarak
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/05/Flag_of_Libya.svg/20px-Flag_of_Libya.svg.png Líbia: durante o governo de Muammar al-Gaddafi
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/29/Flag_of_Eritrea.svg/20px-Flag_of_Eritrea.svg.png Eritreia: Ditadura unipartidária governada desde 1993 por Isaias Afewerki e pela Frente Popular por Democracia e Justiça (FPDJ).

 

 

 

 

América Latina:

Como decorrência da Guerra Fria, surgiram diversas ditaduras na América Latina. Grande número delas foi formado por golpe militar.

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/78/Flag_of_Chile.svg/20px-Flag_of_Chile.svg.png Chile; do ditador Augusto Pinochet (1973-1990)
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/56/Flag_of_Haiti.svg/20px-Flag_of_Haiti.svg.png Haiti; do ditador Papa Doc e seu filho Baby Doc (1971-1987)
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/19/Flag_of_Nicaragua.svg/20px-Flag_of_Nicaragua.svg.png Nicarágua; ditadura de Somoza (1936-1978)
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/27/Flag_of_Paraguay.svg/20px-Flag_of_Paraguay.svg.png Paraguai; ditador Stroessner (1954-1989)
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/cf/Flag_of_Peru.svg/20px-Flag_of_Peru.svg.png Peru; golpe em (1968-1975)
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/9f/Flag_of_the_Dominican_Republic.svg/20px-Flag_of_the_Dominican_Republic.svg.png República Dominicana; com o regime de Trujillo (1924-1961)
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/60/Flag_of_Suriname.svg/20px-Flag_of_Suriname.svg.png Suriname; ditadura militar de (1980-1991)
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/06/Flag_of_Venezuela.svg/20px-Flag_of_Venezuela.svg.png Venezuela; ditadura da Venezuela (1953-1958)
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/21/Flag_of_Colombia.svg/20px-Flag_of_Colombia.svg.png Colômbia; golpe de Gustavo Rojas (1953-1957)


8.      MONARQUIA:
a)      Monarquia absoluta (historicamente, o mesmo que absolutismo): Monarquia absoluta ou absolutista, que se opõe à monarquia tradicional e à monarquia constitucional, é segundo a definição clássica a forma de governo monárquico ou monarquia na qual o monarca ou rei exerce o poder absoluto, isto é, independente e superior ao poder de outros órgãos do Estado.
ü  O monarca está acima de todos os outros poderes e concentra em si os três poderes do constitucionalismo moderno - legislativo, executivo e judicial.
ü  Países onde o monarca ainda mantém poder absoluto são Brunei, Catar, Omã, Arábia Saudita, Suazilândia, os emirados compreendendo os Emirados Árabes Unidos (dentro da esfera de poder regional) e a Cidade do Vaticano (o Papa, no entanto, é eleito).

É o maior país árabe na Ásia Ocidental por tamanho do território (cerca de 2 150 000 quilômetros quadrados), constituindo a maior parte da Península Arábica, e o segundo maior do mundo árabe (após a Argélia). Tem fronteiras com Jordânia e Iraque ao norte; Kuwait ao nordeste; Catar, Barém e Emirados Árabes Unidos a leste; Omã ao sudeste; Iêmen ao sul; mar Vermelho ao oeste e com o golfo Pérsico a leste. Sua população é estimada em 16 milhões de cidadãos nativos, 9 milhões de expatriados estrangeiros e 2 milhões de imigrantes ilegais registrados;

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/99/Flag_of_Oman_%28CIA_Factbook_2004%29.png/20px-Flag_of_Oman_%28CIA_Factbook_2004%29.png Omã 

 É um país situado na Arábia, mais especificamente na extremidade oriental da Península Arábica. Capital: Mascate. O país é constituído por três territórios descontínuos. Os dois territórios menores estão encravados nos Emirados Árabes Unidos, sendo constituídos pelo Enclave de Madha e pela Península de Musandam e territórios adjacentes, no Estreito de Ormuz que separa o Golfo Pérsico do Golfo de Omã. O território maior limita a norte com o Golfo de Omã (do outro lado do qual se estendem as costas do Irão e Paquistão), a leste e sul com o Mar da Arábia e a oeste com o Iémen, com aArábia Saudita e com os Emirados Árabes Unidos.

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/9c/Flag_of_Brunei.svg/22px-Flag_of_Brunei.svg.png Brunei 
É um estado soberano localizado na costa norte da ilha do Bornéu, no Sudeste Asiático. Além de seu litoral com o mar da China Meridional, é completamente cercado pelo estado de Sarawak, na Malásia, e é dividido em duas partes pelo distrito de Sarawak, Limbang. É o único estado soberano completamente na ilha de Bornéu, com o restante da ilha, formando partes da Malásia e Indonésia. A população de Brunei era 401.890 em julho de 2011.

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/65/Flag_of_Qatar.svg/20px-Flag_of_Qatar.svg.png Catar 
É um país árabe, conhecido oficialmente como um emirado do Oriente Médio, ocupando a pequena Península do Catar na costa nordeste da Península Arábica. Faz fronteira com a Arábia Saudita ao sul, e o Golfo Pérsico envolve o resto do país. Um estreito do Golfo Pérsico separa o Catar da nação insular vizinha, o Bahrein.
O Catar é um emirado absolutista e hereditário comandado pela Casa de Thani desde meados do século XIX. As posições mais importantes no país são ocupadas por membros ou grupos próximos da família al-Thani. Em 1995, o xeque Hamad bin Khalifa Al Thani tornou emir após depor seu pai, Khalifa bin Hamad Al Thani, em um golpe de Estado.
Com uma população estimada em 1,9 milhões de habitantes, apenas 250 mil são nativos catarianos. Os demais são trabalhadores estrangeiros, especialmente de outras nações árabes (13%), Subcontinente indiano (Índia 24%, Nepal16%, Bangladesh 5%, Paquistão 4%, SriLanka 2%), Sudeste Asiático (Filipinas 11%) e demais países (7%).
 Também é um dos poucos países do mundo em que seus cidadãos não pagam impostos.


 É um pequeno país da África Austral, limitado a leste por Moçambique e em todas as outras direções pela África do Sul. Suas capitais são Mbabane (administrativa) e Lobamba (legislativa). É uma das poucas monarquias remanescentes no continente. Em seu território predominam os planaltos cobertos por savanas e pastagens. A sociedade, patriarcal e formada por clãs, admite a poligamia.  A saúde pública enfrenta uma catástrofe: um terço da população adulta é portador do vírus da AIDS, a mais alta taxa de contaminação do mundo.


 É a sede da Igreja Católica e uma cidade- Estado soberana sem costa marítima cujo território consiste de um enclave murado dentro da cidade de Roma, capital da Itália. Com aproximadamente 44 hectares (0,44 km²) e com uma população de pouco mais de 800 habitantes, é o menor país do mundo, por área. A Cidade do Vaticano é uma cidade- Estado que existe desde 1929. É distinta da Santa Sé, que remonta ao cristianismo primitivo e é a principal sede episcopal de 1,490 bilhão de católicos romanos (latinos e orientais) de todo o mundo.


b)       Monarquia sagrada ou religiosa: A forma mais antiga que se conhece sagrada ou a religiosa, que encontramos nas culturas primitivas. Neste tipo de monarquia, o rei era considerado como de origem divina e possuía um poder ilimitado. Tal modelo pode encontrar-se em Israel, na Roma Antiga, no Império Asteca e no Antigo Egito.

c)       Monarquia feudal: Desde a Idade Média, o regime monárquico espalhou-se por toda a Europa, normalmente pela necessidade de um dirigente forte, capaz de formar e comandar exércitos para defender o país. As monarquias feudais europeias eram assim dinásticas, o trono sendo geralmente transmitido ao filho mais velho ou ao descendente masculino mais próximo. Os soberanos medievais procuravam armas e soldados com os senhores feudais, e não se mantinham no poder que graça a fidelidade da nobreza. Assim, na monarquia feudal, apresenta-se a característica de uma limitação do poder do monarca, segundo a própria estrutura feudal do reino. O poder era entregue ao rei, com o acordo dos senhores feudais, e estava dependente da colaboração destes, sendo estabelecido segundo regras bem definidas e mútuas. O rei possuía um poder efetivo concedido pelos seus iguais, conservando estes um poder da mesma ordem nos seus domínios. Este tipo de monarquia caracterizou, com algumas variantes, a França dos séculos X ao XIV, o Japão do século XV aoXVIII, a China da dinastia Ming, etc.

d)       Monarquia absoluta: A monarquia absoluta foi estabelecida em face das dificuldades de responsabilização dos grandes senhores feudais que condicionavam excessivamente o seu apoio ao rei. A monarquia absoluta é, por essência, centralizadora. Neste tipo de monarquia, o rei era o chefe supremo da nação, exercendo o Poder Executivo e Legislativo. Era o principal responsável pelo destino do povo.
e)       Monarquia constitucional: Na Monarquia Constitucional, também conhecida por Monarquia Parlamentar, existe um Parlamento (eleito pelo povo) que exerce o Poder Legislativo. Não tendo papel legislativo, exercício da autoridade do rei está em garantir o normal funcionamento das instituições do Estado. O monarca personifica a autoridade do Estado. Como chefe do Governo é eleito um primeiro-ministro cujas ações são fiscalizadas por um parlamento.

Monarquias constitucionais com monarcas ativos: O primeiro-ministro é um executivo ativo da nação, mas o monarca ainda tem ​​poderes políticos consideráveis que podem ser usados ao seu próprio critério.


f)        Monarquia eletiva: A monarquia eletiva,é a forma de governo na qual o monarca desempenha o seu cargo por toda a vida e o seu sucessor é eleito por um conselho através de votação. Este sistema de sucessão foi praticado durante a Idade Média, representando uma evolução do modelo germânico.  O rei era eleito por um conselho composto pelos príncipes ou grandes responsáveis eleitores. Depois da escolha, o novo monarca devia jurar as capitulações governativas, que continham as condições impostas pelo conselho eleitoral para o monarca exercer o poder. Este sistema ainda vigora atualmente em alguns estados, como por exemplo, no Vaticano, onde o Colégio de Cardeais escolhe um novo Papa e vitalício.

g)       Monarquia hereditária: é a forma monárquica pela qual o soberano é estabelecido por sucessão hereditária. A ordem sucessória tanto pode apoiar-se no regime familiar da casa reinante (exemplo, a dinastia de Avis[1]) como na lei do reino (Espanha ou Reino Unido). Atualmente a maioria das monarquias modernas é hereditária.

9.       TOTALITARISMO: é um sistema político no qual o Estado, normalmente sob o controle de uma única pessoa, político, facção ou classe social, não reconhece limites à sua autoridade e se esforça para regulamentar todos os aspectos da vida pública e privada, sempre que possível. O totalitarismo é caracterizado pela coincidência do autoritarismo(onde os cidadãos comuns não têm participação significativa na tomada de decisão do Estado) e da ideologia (um esquema generalizado de valores promulgado por meios institucionais para orientar a maioria, senão todos os aspectos da vida pública e privada.

Regimes totalitarismo: Nazi-Fascismo:
a)       O nazismo era, desde seu início, antiliberal tendo derrubado antigas estruturas institucionais imperiais bem como antigas elites consolidadas, se diferenciava do fascismo principalmente por pregar a superioridade da raça ariana, liderado por Adolf Hitler.
b)       O fascismo italiano foi mais proveitoso ao capital na medida em que extinguia sindicatos e obstáculos à administração patronal do trabalho. O fascismo, liderado por Mussolini, foi um regime antidemocrático no qual o poder ficava nas mãos de um chefe de Estado, havia grande incentivo à educação e preparação de indivíduos para a guerra. Os fascistas se apresentavam como solução para a crise econômica e greves italianas. Através de violência e mortes eles sufocaram os movimentos grevistas e Mussolini conquistou oficialmente o poder.
Regimes totalitarismo: Stalinismo: designa o período em que o poder político na antiga União Soviética foi exercido por Josef Stalin.
       Características do stalinismo:
·         Ditadura burocrática do regime de partido único;
·         Centralização dos processos de tomada de decisão no núcleo dirigente do partido;
·         Burocratização do aparelho estatal (degenerescência burocrática segundo Leon Trótski);
·         Intensa repressão a dissidentes políticos e ideológicos
·         Culto À Personalidade do (s) lider (es) do partido e do Estado;
·         Intensa presença de propaganda estatal e incentivo ao patriotismo como forma de organização dos trabalhadores;
·         Censura aos meios de comunicação e expressão;
·         Coletivização obrigatória dos meios de produção agrícola e industrial;
·         Militarização da sociedade e dos quadros do partido.


10.    NACIONAL-SOCIALISMO: Nazismo, conhecido oficialmente na Alemanha como Nacional-Socialismo (em alemão: Nationalsozialismus), é a ideologia praticada pelo Partido Nazista da Alemanha, formulada por Adolf Hitler e adotada pelo governo da Alemanha de 1933 a 1945. Esse período ficou conhecido como Alemanha Nazista ou Terceiro Reich.
O nazismo é frequentemente considerado por estudiosos como uma derivação do fascismo. Mesmo incorporando elementos comuns tanto da direita política quanto da esquerda política, o nazismo é considerado de extrema direita. Os nazistas foram um dos vários grupos históricos que utilizaram o termo nacional-socialismo para descrever a si mesmos e, na década de 1920, tornaram-se o maior grupo da Alemanha.
Os ideais do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (Partido Nazista) são expressos no seu "Programa de 25 Pontos", proclamado em 1920. Entre os elementos-chave do nazismo, há o antiparlamentarismo, o pangermanismo, o racismo, o coletivismo, a eugenia, o antissemitismo/antijudaísmo, o anticomunismo, o totalitarismo e a oposição ao liberalismo econômico e político”.
O Partido Nazista chegou ao poder na Alemanha em 1933 e acabou com a Segunda Guerra em 1945.


11.    TIRANIA: era uma forma de governo usada em situações excepcionais na Grécia em alternativa à democracia. Nela o chefe, aí, governava com poder ilimitado, embora sem perder de vista que deveria representar a vontade do povo. Assim, por esse fato e aqueles que se lhe seguiram, como aos tiranos abusaram do poder passou a ter o significado de opressão, crueldade e abuso de poder.
a)       Tirania Grega: na Grécia antiga todos os tiranos eram pessoas lideradas por outras pessoas. Segundo Aristóteles e Platão, "a marca da tirania é a ilegalidade",  Exemplo disso são as descrições de tiranias na Sicília e na Grécia antiga, cujas características assemelham-se às modernas ditaduras. Ainda segundo Platão e Aristóteles, os tiranos são ditadores que ganham o controle social e político despótico pelo uso da força e da fraude.
b)    Tirania Moderna: O sentido negativo, no seu uso, mesmo que em Democracia eleita, será sempre atribuído quando começar a haver restrições à liberdade de expressão, ameaças aos opositores e outros meios de abuso na tentativa de manter o poder.
·         É caracterizada pelas ameaças às liberdades individuais e coletivas.
·         A moderna tirania é representada por políticos que não tendo mais o poder de matar ou mesmo prender o opositor, preferem usar métodos substituindo como processos judiciais por calúnia e difamação, compra da imprensa e dos órgãos de informação.
·         O comportamento tirânico de um político muitas vezes pode ser visto pelas altas verbas gastas em publicidade governamental, tanto nos níveis municipais, estaduais e federal.


FORMAS DE GOVERNO: PODER DA DEMOCRACIA

12.     DEMOCRACIA: é um regime político em que todos os cidadãos elegíveis participam igualmente — diretamente ou através de representantes eleitos — na proposta, no desenvolvimento e na criação de leis, exercendo o poder da governação através do sufrágio universal. Ela abrange as condições sociais, econômicas e culturais que permitem o exercício livre e igual da autodeterminação política. O sistema democrático contrasta com outras formas de governo em que o poder é detido por uma pessoa — como em uma monarquia absoluta — ou em que o poder é mantido por um pequeno número de indivíduos — como em uma oligarquia. Poderes da democracia:
§  Representação: o representante não tem poder de decisão. A assembleia manda, o representante obedece.
§  Voto: a discussão em assembleia sempre busca o consenso. Decisões são ratificadas por chamadas ao voto. Caso haja uma polêmica onde o consenso não seja possível, então pode-se fazer uma chamada de votos. Neste caso, a maioria vence (por exemplo, uma maioria de 50% mais 1).
§  Bloqueio: num sistema de democracia direta, procura-se preservar a opinião da minoria através deste recurso. Caso a decisão da maioria seja intolerável, a minoria pode manifestar um bloqueio (ou veto). Dependendo do sistema usado, este pode impedir que a decisão seja levada a cabo, ou então obriga a uma segunda votação. Neste último caso, a maioria teria que modificar sua proposta, de forma que um número maior de cidadãos vote a seu favor (por exemplo, uma maioria de 2/3).
§  Plebiscito: proposição levada diretamente para decisão do eleitor.
§  Referendo: proposição aprovada indiretamente por representantes e levada ao eleitor para confirmação ou rejeição.
§  Revogatório de mandato (Recall): o mandato de um representante legalmente eleito é resubmetido à votação direta dos eleitores, que decidem pela manutenção, ou cassação, desse mandato.
§  Iniciativa popular: um número mínimo de eleitores apresenta proposição para aprovação direta dos demais eleitores.

1.Democracia direta: Uma democracia direta é qualquer forma de organização na qual todos os cidadãos podem participar diretamente no processo de tomada de decisões. As primeiras democracias da antiguidade foram democracias diretas, todos os cidadãos elegíveis têm participação direta e ativa na tomada de decisões do governo. Ex.
o    Em empresas autogestionadas
o    Em sindicatos anarcossindicalistas
o    Em movimentos sociais, como no movimento anti-Poll tax dos anos 1990 - 1991 no Reino Unido.
Países com Democracia direta:   Canadá; Itália, França, Suécia
2.Democracia indireta (ou Democracia representativa):  os cidadãos elegem representantes, os quais serão responsáveis pela tomada de decisões em seu nome. Este é o processo mais comum de tomada de decisão nos governos democráticos, e por isto é também chamado de mandato político.

3.Democracia semidireta: é um regime de democracia em que existe a combinação de representação política com formas de Democracia direta.  É uma forma de democracia que possibilita um sistema mais bem-sucedido de democracia frente às democracias Representativa e Direta, ao permitir um equilíbrio operacional entre a representação política e a soberania popular direta. 
Países com Democracia semidireta: Suíça e Portugal.

4. Democracia Representativa: é o exercício do poder político pela população eleitora não diretamente, mas através de seus representantes, por si designados, com mandato para atuar em seu nome e por sua autoridade, isto é, legitimados pela soberania popular: é o ato de eleger um grupo ou pessoa que os representem e que se juntam normalmente em instituições chamadas Parlamento, Câmara, Congresso ou Assembleia ou Cortes. Os partidos políticos são os meios utilizados para a prática da democracia representativa.
Países com Democracia Representativa América Latina: Argentina; Bolívia; Brasil (Nos estados brasileiros e nas cidades brasileiras); Chile; Equador; Peru; Uruguai; Venezuela.

5.Democracia orgânica (podendo ser semidireta em alguns países, mas sempre com corporativismo): é um tipo de organização política e administrativa em que o exercício dos direitos individuais é realizado através das corporações tradicionais como as famílias, das territoriais como os municípios, das econômicas como os sindicatos, das culturais como as universidades, das morais como as paróquias ou das políticas como os partidos. A democracia orgânica constitui a realização política do modelo econômico do corporativismo. Teoricamente, a democracia orgânica apresenta características semelhantes aos modelos de funcionamento de movimentos associativos como o sindicalismo e de algumas variantes do anarquismo, ainda que o seu modelo histórico seja o das corporações de ofícios da Idade Média e que tenha sido posta em prática por regimes de natureza tradicionalista.
Países com Democracia orgânica: foi posta em prática em diversos países, sobretudo na Itália durante o regime fascista, em Portugal durante o Estado Novo e em Espanha durante o regime franquista.

6.CORPORATIVISMO: é um sistema político que atingiu seu completo desenvolvimento teórico e prático na Itália Fascista. De acordo com seus postulados o poder legislativo é atribuído a corporações representativas dos interesses econômicos, industriais ou profissionais, nomeadas por intermédio de associações de classe, que através dos quais os cidadãos, devidamente enquadrados, participam na vida política.
Países com o regime do Corporativismo:
a)       Portugal: O regime Salazarista que vigorou em Portugal de 1933 até à revolução de 25 de Abril de 1974 era expressamente corporativista.
b)       Brasil: Também no Brasil, entre os anos de 1930-45, sob a liderança do presidente Getúlio Vargas implantou-se um modelo corporativo de Estado, o chamado Estado Novo, sendo a sua legislação trabalhista claramente calcada na "Carta del Lavoro" de Mussolini.
c)       França: muitos outros países, tais como a França sob o governo do Marechal Pétain (1940-1945),
d)       Argentina: sob Juan Domingo Perón (1943-1952),
e)       México: sob Lázaro Cárdenas (1934-1940) e
f)         Espanha: do Generalíssimo Franco (1939-1973) estabeleceram uma imensa quantidade de leis e organizações inspiradas do ideário corporativista.

7. PARLAMENTARISMO: ou sistema parlamentar, ou ainda parlamentarismo é um sistema de governo no qual o Chefe de Governo não é eleito diretamente pelo povo, não podendo, por conseguinte, exercer livremente os poderes que lhe são atribuídos pela Constituição (só os exerce a pedido do governo) por falta de legitimidade democrática; e o Governo responde politicamente perante o Parlamento, o que em sentido estrito significa que o Parlamento pode forçar a demissão do Governo através da aprovação de uma moção de censura ou da rejeição de uma moção de confiança. Tendo em vista que o governo é formado a partir da maioria partidária (ou de coalizão) no parlamento e pode ser demitido antes da data prevista para as eleições regulares.
§  O sistema parlamentarista distingue entre os papéis de chefe de Estado e chefe de governo, ao contrário do presidencialismo, onde os dois papéis são exercidos pela mesma pessoa.
§  Os chefes de estado desempenham papéis mais simbólicos, os chefes de governo trabalham efetivamente junto com o parlamento;
§  Nas monarquias parlamentaristas, o chefe de Estado é o monarca, geralmente um cargo hereditário. Já o chefe de governo, com o título de primeiro-ministro (ou, em alguns casos, presidente do governo ou chanceler), efetivamente conduz os negócios do governo, em coordenação com os demais ministros membros do gabinete.
§  Gabinete: Em muitos países parlamentaristas, os ministros são vistos como coletivamente responsáveis pelas políticas do governo. A depender do país, o consenso pode ser obrigatório para as decisões no seio do gabinete.
§  Vantagens: Embora cada nação tenha suas próprias características, aqui estão algumas vantagens gerais do Parlamentarismo quando numa situação estável de governo:
a)      Relativa facilidade e rapidez da aprovação de leis.
b)      Maior comunicação do executivo com o legislativo, possibilitando uma melhor transparência e fiscalização.
c)      Menor risco de ocorrerem governos autoritários por causa da aproximação entre a situação e a oposição.
d)      Menor facilidade de corrupção, por conta da diluição do poder;
e)      Diminuição dos custos das campanhas eleitorais.
§  Desvantagens: Algumas desvantagens gerais do Parlamentarismo:
a)      Embora consiga se recuperar com relativa rapidez e facilidade, apresenta risco de ruptura no final das eleições (início da formação do governo).
b)      Questões de minorias, em geral, tendem a ser diluídas no parlamento.
c)      O chefe do executivo não é eleito pelo povo.
d)      Tem relativa dificuldade de mudanças mais profundas, principalmente em aspectos sociais, já que o parlamento tende a um centramento dos ideais políticos.
e)      A minoria (oposição) fica engessada, restando a esta um papel mais de fiscalização da situação.

O sistema diretorial : O sistema diretorial contém elementos dos sistemas presidenciais e parlamentaristas. Numa república diretorial um conselho exerce em conjunto tanto os poderes presidenciais e de governo (o conselho é o chefe de estado coletivo). O conselho é eleito pelo parlamento, mas não está sujeita a confiança política durante o seu mandato, que tem uma duração fixa.

8. PRESIDENCIALISMO: O presidencialismo é um sistema de governo no qual há uma nítida separação dos poderes entre o executivo e o legislativo, de maneira que o poder executivo é exercido independentemente do parlamento, não é diretamente responsável perante este e não pode ser demitido em circunstâncias normais.


9. SEMI  PRESIDENCIALISMO: O semi-presidencialismo é um sistema de governo no qual o chefe de governo (geralmente com o título de primeiro-ministro) e o chefe de Estado (geralmente com o título de presidente) compartilham em alguma medida o poder executivo, participando, ambos, do cotidiano da administração pública de um Estado. Difere do parlamentarismo por apresentar um chefe de Estado, geralmente eleito pelo voto direto, com prerrogativas que o tornam mais do que uma simples figura protocolar; difere, também, do presidencialismo por ter um chefe de governo com alguma medida de responsabilidade perante o legislativo.
Em sistemas semi presidencialistas, geralmente existe um presidente e um primeiro-ministro. Em tais sistemas, o presidente tem autoridade executiva genuína, ao contrário de numa república parlamentar, mas alguns dos papéis de um chefe de governo são exercidos pelo primeiro-ministro.




FORMAS DE GOVERNO: PODER DA OLIGARQUIA
13.     OLIGARQUIA: é a forma de governo em que o poder político está concentrado num pequeno número pertencente a uma mesma família, um mesmo partido político ou grupo econômico ou corporação. A oligarquia é caracterizada por pequeno grupo de interesse ou lobby que controla as políticas sociais e econômicas em benefício de interesses próprios. O termo é também aplicado a grupos sociais que monopolizam o mercado  econômico, político e cultural de um país, mesmo sendo a democracia o sistema político vigente. Oligarquias são grupos fechados e pequenos que detêm o controle do poder, geralmente formadas por familiares de grandes proprietários.
O termo Oligarquia significa governo de poucos. No Brasil, as oligarquias agrárias já desfrutavam de poder econômico.

·  Oligarquia Meiji: como a nova classe dominante do Japão durante o Período Meiji, foi um grupo privilegiado que exercia o poder imperial, algumas vezes despoticamente. Os membros dessa classe eram aderentes do kokugaru e acreditavam que eram os criadores de uma nova ordem, tão grande quanto a estabelecida pelo fundadores originais do Japão.
a)    A Primeira República Brasileira, normalmente chamada de República Velha (em oposição à República Nova, período posterior, iniciado com o governo de Getúlio Vargas), foi o período da história do Brasil que se estendeu da proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, até a Revolução de 1930 que depôs o 13º e último presidente da República Velha Washington Luís. Nesse período o Brasil foi nomeado de Estados Unidos do Brasil, o mesmo nome da constituição de 1891, também promulgada nesse período.
b)    O primeiro período, chamado de República da Espada, foi dominado pelos setores mobilizados do Exército apoiados pelos republicanos, e vai da Proclamação da República do Brasil, no 15 de Novembro de 1889, até a eleição do primeiro presidente civil, Prudente de Moraes. A República da Espada teve viés mais centralizador do poder, em especial por temores da volta da Monarquia, bem como para evitar uma possível divisão do Brasil.
c)     O segundo período ficou conhecido como República Oligárquica, e se estende de 1894 até a Revolução de 1930. Caracterizou-se por dar maior poder para as elites regionais, em especial do sul e sudeste do país. As oligarquias dominantes eram as forças políticas republicanas de São Paulo e Minas Gerais, que se revezavam na presidência. Essa hegemonia paulista e mineira denomina-se política do café com leite, em razão da importância econômica da produção de café paulista e de leite mineiro para a economia brasileira da época.
·  Oligarcas russos: ou magnatas russos, surgida após o colapso da União Soviética, refere-se a um pequeno grupo homens de negócio que adquiriu enorme riqueza, significativa influência política e, frequentemente, também o controle dos meios de comunicação, em algumas das antigas repúblicas soviéticas. Mas, desde 31 de dezembro de 1999, quando Yeltsin renunciou e Vladimir Putin assumiu interinamente a presidência da Federação Russa - sendo depois eleito, em 2000, e reeleito, em 2004 - os oligarcas ligados a Yeltsin foram totalmente alijados do círculo próximo ao poder. Passaram a ser investigados e alguns foram presos sob acusações tais como a de roubar propriedade estatal em 1994. Boris Berezovsky e Vladimir Gusinsky foram forçados a se exilar em Londres e em Israel, respectivamente. Posteriormente, a crise econômica de 2008 também não poupou os oligarcas russos, mesmo aqueles mais próximos de Putin.

14.  ARISTOCRACIA: é uma forma de governo na qual o poder político é dominado por um grupo elitista. Normalmente, as pessoas desse grupo são da classe dominante, da nobreza tal como seu significado , como grandes proprietários de terra (latifundiários), militares, sacerdotes, etc.
A aristocracia teve origem na necessidade de um novo governo que combatesse a tirania, forma de governo em que o poder se concentrava em uma pessoa.
ü  Para Aristóteles a aristocracia: é o poder confiado aos melhores cidadãos, no sentido de possuírem melhor formação moral e intelectual para atender aos interesses do povo, sem distinções de nascimento ou riqueza.
ü  Para Platão, o termo aristocracia: se fundia na virtude e na sabedoria. Caberia, portanto, aos sábios, aos melhores, aos aristocráticos, enfim, dirigir o Estado no rumo do verdadeiro bem.
ü  Jean-Jacques Rousseau define como aristocracia: um governo no qual são magistrados mais do que um cidadão, e menos do que metade de todos eles; um número de magistrados maior que a metade, uma democracia; e o governo no qual há um magistrado único, do qual todos os outros recebem o poder, uma monarquia.
ü  A partir da Idade Média, a aristocracia deixa de ser, terminologicamente, uma forma de poder para indicar um estamento, diverso da nobreza e do clero, e que se sobressaía pelos altos postos militares e por privilégios transmitidos hereditariamente, perdendo sentido inicial. Hoje, caindo em desuso, o termo é muitas vezes sinônimo de alta sociedade de origem fidalga.

15.  CLEPTOCRACIA: é um termo de origem grega, que significa, literalmente, “Estado governado por ladrões”, cujo objetivo é o do roubo de capital financeiro dum país e do seu bem-comum. A cleptocracia ocorre quando uma nação deixa de ser governada por um Estado de Direito imparcial e passa a ser governada pelo poder discricionário de pessoas que tomaram o poder político nos diversos níveis e que conseguem transformar esse poder político em valor econômico, por diversos modos.

10 LÍDERES MAIS CLEPTÓCRATAS DOS ÚLTIMOS ANOS:
Em ordem de valor supostamente roubados (em dólar dos Estados Unidos), foram :

1.      Ex-presidente da Indonésia, Suharto ($ 15 bilhões - $ 35 bilhões entre 1967 e 1998)
  1. Ex-presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos ($ 5 bilhões - $ 10 bilhões entre 1972 e 1986)
  2. Ex-presidente do Zaire, Mobutu Sese Seko ($ 5 bilhões entre 1965 e 1997)
  3. Ex-chefe de Estado da Nigéria, Sani Abacha ($ 2 bilhões - $ 5 bilhões entre 1993 e 1998)
  4. Ex-presidente da Iugoslávia e da Sérvia, Slobodan Milošević ($ 1 bilhão entre 1989 e 2000)
  5. Ex-presidente do Haiti, Jean-Claude Duvalier ($ 300 milhões - $ 800 milhões entre 1971 e 1986)
  6. Ex-presidente do Peru, Alberto Fujimori ($ 600 milhões entre 1990 e 2000)
  7. Ex-primeiro-ministro da Ucrânia, Pavlo Lazarenko ($ 114 milhões - $ 200 milhões entre 1996 e 1997)
  8. Ex-presidente da Nicarágua, Arnoldo Alemán ($ 100 milhões entre 1997 e 2002)
  9. Ex-presidente das Filipinas, Joseph Estrada ($ 78 milhões - $ 80 milhões entre 1998 e 2001)

16.GERONTOCRACIA:  O mesmo que governo dos mais velhos, dos senadores de um conselho de anciãos. De acordo com a perspectiva weberiana, é uma forma de tradicionalismo, sem qualquer espécie de direção administrativa. Baseia-se na crença de que os mais velhos conhecem melhor a tradição sagrada. A gerontocracia é uma forma de poder oligárquico em que uma organização é governada por líderes que são significativamente mais velhos do que a maior parte da população adulta. Por vezes, aqueles que detêm o poder não ocupam formalmente as posições de liderança, mas domina quem as ocupa.

17.MERITOCRACIA: é um sistema de gestão que considera o mérito, como aptidão, a razão principal para se atingir posição de topo. As posições hierárquicas são conquistadas, em tese, com base no merecimento e entre os valores associados estão educação, moral, aptidão específica para determinada atividade. 
ü  Governos como de Singapura e da Finlândia utilizam padrões meritocráticos para a escolha de autoridades, mas misturados com outros. 
ü  Na Antiguidade, na China. Confúcio e Han Fei são dois pensadores que propuseram um sistema próximo ao meritocrático.
ü  Também podem ser citados Gengis Khan e Napoleão Bonaparte; cada qual utilizou no exército e na vida política de seus estados elementos da meritocracia.

18.PLUTOCRACIA:  (do grego ploutos: riqueza; kratos: poder) é um sistema político no qual o poder é exercido pelo grupo mais rico. Do ponto de vista social, esta concentração de poder nas mãos de uma classe é acompanhada de uma grande desigualdade e de uma pequena mobilidade.

19.TECNOCRACIA: é o modelo de governabilidade funcional, no qual há aplicação das ciências no ciclo de todas as cadeias produtivas garantindo a sustentabilidade da espécie humana. O termo tecnocracia era usado originalmente para designar a aplicação do método científico na resolução de problemas sociais, em contraste com a tradicional abordagem política. As aptidões técnicas e de liderança seriam selecionadas através de processos burocráticos, assentes no desempenho e conhecimentos especializados, ao invés de uma eleição "democrática representativa" cujo dispositivo é apenas o convencimento pelo marketing ao invés da competência.
A TECNOCRACIA NO BRASIL

A identidade brasileira se relaciona com sua expressão máxima - a bandeira nacional onde há o lema: "Ordem e Progresso". Este lema foi criado por Auguste Comte que foi secretário e discípulo de Saint-Simon, e por sua vez influencio. A proposta de Comte era a fundação de uma nova civilização pautada na humanidade unida sob a Sociocracia: uma releitura da tecnocracia. Esta releitura chegou ao ápice em 1881 com construções de templos para humanidade.
O idealizador da Tecnocracia no Brasil foi Abílio de Nequete que fundou o Partido Tecnocrata em 1926, sob a máxima. “técnicos de todos os países, uni-vos”.
Entretanto, a Tecnocracia se iniciou durante o Estado Novo quanto houve a industrialização do país e as conquistas dos direitos trabalhistas. O então presidente Getúlio Vargas discursou em 4-5-1931: “A época é das assembleias especializadas, dos conselhos técnicos integrados à administração. O Estado puramente político, no sentido antigo do termo, podemos considerá-lo, atualmente, entidade amorfa, que, aos poucos, vai perdendo o valor e a significação”.
O aprofundamento da Tecnocracia se daria com João Goulart pelas reformas de base preconizadas no socialismo científico, mas o presidente foi vítima de um Golpe Militar em 1964.
Os setores da alta sociedade civil conservadora e militar brasileira subverteram o projeto tecnocrata que teve seu conceito adaptado para a realidade autoritária e caracterizava-se primariamente por um crescimento econômico baseada em sistemas de exclusão da classe trabalhadora das decisões políticas. Paralelamente ao endurecimento do regime, o governo militar punha em ação o plano de modernização da indústria nacional, baseada na racionalidade tecnicista. A Plutocracia que interrompeu a Tecnocracia no Brasil foi marcada por intervenções negativas do Estado na política econômica.
Entretanto, depois do fim da Ditadura Militar houve iniciativas democráticas de partidos com traços tecnocratas de Getúlio Vargas e João Goulart tendo em vista consolidar o Brasil como grande potência:
 a) PRONA [Partido de Reedificação da Ordem Nacional] de extrema-direita: foi extinto depois da morte de seu líder Enéas Ferreira Carneiro;
 b) PDT [Partido Democrático Trabalhista] de centro-esquerda que foi enfraquecido e perdeu as características originais depois da morte de seu líder Leonel Brizola;

16.  TEOCRACIA: é o sistema de governo em que as ações políticas, jurídicas e policiais são submetidas às normas de alguma religião. O poder teocrático pode ser exercido direta ou indiretamente pelos clérigos de uma religião1 : os governantes, juízes e demais autoridades podem ser os próprios líderes religiosos (tal como foi Justiniano I) ou podem ser cidadãos leigos submetidos ao controle dos clérigos (como ocorre atualmente no Irã, onde os chefes de governo, estado e poder judiciário estão submetidos ao aiatolá e ao conselho dos clérigos). Sua forma corrupta é também denominada clerocracia.
ü Exemplos atuais de regimes desse tipo são o Vaticano, regido pela Igreja Católica e tendo como chefe de Estado um sacerdote (o Papa), e o Irã, que é controlado pelos aiatolás, líderes religiosos islâmicos, desde a Revolução Islâmica, em 1979.
ü Estados com base uma religião de Estado, em que o chefe de estado é escolhido por alguma forma de hierarquia religiosa.




[1] ou Dinastia Joanina, foi a segunda dinastia a reinar em Portugal, entre 1385 e 1581-1582.1 Teve início no final da crise de 1383-1385, quando o Mestre da Ordem de Avis, D. João, filho natural de el-rei D. Pedro I, foi aclamado Rei nas Cortes de Coimbra.