terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Ideologia no Brasil

Ideologia no Brasil

Na sociedade brasileira podem-se identificar diferentes sistemas de idéias predominantes em cada grande período histórico. Na primeira fase da colonização vigorou a ideologia do colonizador que, a partir do século XVII, entrou em choque com os elementos ideológicos gerados no próprio país.
Assim, a primeira noção em torno da qual se formaram outras idéias foi a de dominação. O colono europeu era o dono e o conquistador da terra descoberta e, por isso, tudo se transformava em objeto de exploração. A dominação se fortaleceu com o regime paternalista, em que o patriarca ("coronel" ou senhor-de-engenho) era o árbitro universal e, ao mesmo tempo, o protetor de uma pequena comunidade familiar que dele dependia incondicionalmente.
Esse regime só pôde existir graças ao trabalho escravo aplicado à monocultura. Toda sociedade escravocrata necessariamente valoriza o lazer e deprecia as atividades manuais ou braçais e daí decorre o gosto brasileiro pelo direito, pela oratória e pelo beletrismo. A elite intelectual, filha da casa-grande alicerçada no suor escravo, lentamente elaborou os elementos principais de uma ideologia brasileira, que acabou por entrar em choque com o dogmatismo dominador.
O período da colonização, portanto, caracteriza-se por uma ambivalência ideológica, pois havia uma dualidade de interesses econômicos, políticos, intelectuais, enfim, uma ambivalência de clima social. A ideologia construída em grande parte pela simples implantação ou incorporação de valores externos convivia com uma ideologia autóctone em formação, que eclodiu nos movimentos nativistas: a insurreição pernambucana (1648-1654), a guerra dos mascates (1710) e a inconfidência mineira (1789), entre outros. Esses movimentos marcam o início de um período ideológico de transição, em que o choque entre os valores antigos e os novos fez nascer na consciência do brasileiro um sentimento de inferioridade em face do colonizador.
Entre todos os movimentos nativistas, somente na inconfidência esteve em jogo a realidade brasileira como um todo. Nos demais, de consciência ideológica parcial, uma comunidade nativa se insurgia contra outra, aventureira e de mentalidade exploradora. As lutas que se prolongaram durante o período do Reino Unido (revolução pernambucana de 1817), o primeiro reinado (guerra da independência da Bahia de 1823 e confederação do equador), a regência (cabanos, farrapos, balaiada e sabinada) e as do segundo reinado (revolução liberal de São Paulo e de Minas Gerais em 1842 e revolução praieira) atestam uma transição ideológica na mentalidade das elites do país.
O período seguinte, que começa depois da guerra do Paraguai e da abolição da escravatura, é útil para compreender o que se pode chamar de paradoxo burocrático brasileiro. Com a abolição, em 1888, deu-se a desorganização de todo o setor agrícola, cujo sustentáculo era o café. Considerando que, teoricamente, na evolução de uma civilização, ocorre gradativamente a passagem do setor primário (agricultura) para o secundário (indústria), e deste para o terciário (comércio, serviços públicos e particulares), a vida nacional, assim perturbada, deveria ter-se ajustado no setor secundário. Isso, porém, não foi possível, pois não havia mentalidade industrial e, na época, a atividade econômica não estava ainda em pleno desenvolvimento.
Assim, a saída para a população mais favorecida foi saltar do setor primário para o terciário, o que inflacionou as atividades comerciais e os serviços burocráticos em todos os níveis. O político assumiu então o papel anteriormente desempenhado pelo senhor-de-engenho ou pelo patriarca da casa-grande, com uma clientela de protegidos que favoreceu o empreguismo público.
No século XX, consolidada a república, houve uma tomada de consciência nacionalista, entendendo-se pelo termo tanto o alcance nacional dos programas políticos como a defesa contra a dominação e a imposição de valores estrangeiros. A atividade política nos centros urbanos do país já industrializado viu-se profundamente influenciada pelas idéias anarquistas e comunistas dos imigrantes europeus, enquanto que nas regiões rurais predominava ainda o autoritarismo próprio da estrutura social arcaica herdada incólume da colônia.
A intermitente interferência das instituições armadas na vida política brasileira desde a proclamação da república contribuiu com elementos ideológicos importantes para a formação de uma consciência nacional pró-militarista e conservadora e de sua contrapartida democrática e progressista.

Fonte: http://www.estudantedefilosofia.com.br/conceitos/ideologianobrasil.php

Veja também:
Gênese das Ideologias
Ideologia e Religiãohttp://www.estudantedefilosofia.com.br/conceitos/ideologiaereligiao.php
Ideologias Modernas

Ideologia: conjunto de ideias e pensamentos

Definição

Ideologia é um conjunto de ideias ou pensamentos de uma pessoa ou de um grupo de indivíduos. A ideologia pode estar ligada a ações políticas, econômicas e sociais.

O termo ideologia foi usado de forma marcante pelo filósofo Antoine Destutt de Tracy.

O conceito de ideologia foi muito trabalhado pelo filósofo alemão Karl Marx, que ligava a ideologia aos sistemas teóricos (políticos, morais e sociais) criados pela classe social dominante. De acordo com Marx, a ideologia da classe dominante tinha como objetivo manter os mais ricos no controle da sociedade.

No século XX, varias ideologias se destacaram:
- Ideologia fascista: implantada na Itália e Alemanha, principalmente, nas décadas de 1930 e 1940. Possuía um caráter autoritário, expansionista e militarista.
- Ideologia comunista: implantada na Rússia e outros países (principalmente do leste europeu), após a Revolução Russa (1917). Visava a implantação de um sistema de igualdade social.
- Ideologia democrática: surgiu em Atenas, na Grécia Antiga, e possui como ideal a participação dos cidadãos na vida política.
- Ideologia capitalista: surgiu na Europa durante o Renascimento Comercial e Urbano (século XV). Ligada ao desenvolvimento da burguesia, visa o lucro e o acumulo de riquezas.
- Ideologia conservadora: ideias ligadas à manutenção dos valores morais e sociais da sociedade.
- Ideologia anarquista: defende a liberdade e a eliminação do estado e das formas de controle de poder.
- Ideologia nacionalista: exaltação e valorização da cultura do próprio país.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Sugestões de temas de estudo para TCC em Sociologia


Lista de temas de estudo para TCC em Sociologia

Dificuldades enfrentadas pelo professor de sociologia em sala de aula.
  1. Importância dos Movimentos de rua nos dias atuais.
  2. Evasão escolar de jovens do Ensino Médio Profissionalizante para o mercado de trabalho.
  3. A Drogadição no contexto escolar, e o papel da escola.
  4. A queda das Teocracias nos países Árabes.
  5. Influencia da mídia eletrônica na formação dos jovens.
  6. Como preservar a Autonomia no mundo capitalista.
  7. A queda do Construtivismo no séc. XXI.
  8. A Anomia na sociedade capitalista do séc. XXI.
  9. O conceito de amizade nas redes sociais.
  10. Como ser Comunista no séc.XXI.
  11. Conflito social a partir da redução da Maioridade Penal.
  12. Conceito de Comunidade Virtual.
  13. A violência urbana como degradação da sociedade atual.
  14. A autonomia do “sexo frágil” no séc. XXI.
  15. Mudança da sociedade contemporânea a partir do individualismo nas relações sociais.
  16. Modernidade Líquida de Zygmunt Bauman.
  17. As Não-pessoas do séc. XXI, segundo Zygmunt Bauman.
  18. Os problemas ambientais da atualidade e suas interferências na vida social.
  19. Os principais problemas sociais do Brasil e sua influência na vida das pessoas.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

APOSTILA DE FILOSOFIA

 




Índice

Módulo I

-Surgimento da Filosofia

-Principais pensadores pré-socratas

-Sofistas

-Sócrates

-Os Sistematizadores

-Filosofia Medieval

Módulo II

-Renascença

-Surgimento da Ciência

-Teoria do conhecimento

-Racionalismo

-Empirismo

-Idealismo

-Iluminismo

-Principais aspectos da filosofia política

Módulo III

-Aspectos da filosofia contemporânea

-Existencialismo

-Pragmatismo

-Utilitarismo

-Positivismo

-Ética

-Estética


Apostila de Sociologia - Marcelo Sabbatini

Apostila de Sociologia - Marcelo Sabbatini

www.marcelo.sabbatini.com/wp-content/uploads/sociologia-geral.pdf
Sumário
1. Introdução à Sociologia. Conceito. A imaginação sociológica. “O
Suicídio”.
2. Aula-exemplo: o estudo sociológico da sexualidade.
3. O surgimento da Sociologia no contexto histórico. A Revolução
Industrial, as mudanças culturais no trabalho.
4. O pensamento sociológico moderno. Principais pensadores e linhas
teóricas. A sociologia como conhecimento.
5. Status e papel social. Conflito de papéis.
6. Estratificação social. Mobilidade social. Classes sociais. Desigualdade
social.
7. As relações e os processos sociais básicos. Isolamento, acomodação,
assimilação, cooperação, competição e conflito. Socialização.
8. Controle social. Normas. Sanções. Desvio social. Marginalização e crime.
9. Mudança social. Teorias da mudança social.
10. Conceito de cultura. Sub-cultura. Contracultura. Símbolos. Aculturação.
Etnocentrismo. Introdução à cultura organizacional.
11. Grupos sociais. Grupos primários e secundários. Grupo de fora e grupo
de dentro. Grupos formais e informais.
12. Redes sociais e a teoria do mundo pequeno. Sociograma.
13. Institucionalização. Instituições sociais básicas. Introdução às
organizações formais.