quinta-feira, 19 de julho de 2012


PLANEJAMENTO 3º BIMESTRE:

  EIXO TEMÁTICO 2012: Educação e Prevenção, Cidadania e Direitos Humanos.

1-IDENTIFICAÇÃO

Disciplina: Educação Especial; Educação e Infância e Organização e Legislação Educacional

Professora: Lenir Rodrigues Minghetti



      O Artigo XXVI da Declaração Universal dos Direitos Humanos estabelece que a educação é um direito de todas as pessoas e tem por objetivo o “Pleno desenvolvimento da personalidade humana e o fortalecimento do respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais”. A escola tem uma grande responsabilidade ética na implementação desse documento, que é fruto de um pacto internacional consolidado em 1948 no âmbito da Organização das Nações Unidas. E os educadores comprometidos com a justiça social e com a construção da cidadania e da democracia devem considerar seus princípios na organização do trabalho educativo.
     No ano de 1948 a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que diz em seu artigo primeiro que "todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos". Além disso, segundo a Declaração, todos devem agir, em relação uns aos outros, "com espírito de fraternidade". A pessoa consciente do que é e do que os outros são, a pessoa que usa sua inteligência para perceber a realidade, sabe que não teria nascido e sobrevivido sem o amparo e a ajuda de muitos.
      A construção da democracia exige desenvolver uma cultura de direitos humanos, buscando a formação de pessoas ativas e críticas, conscientes de seu papel social e atuantes eticamente e politicamente. Todas as pessoas nascem essencialmente iguais e, portanto, com direitos iguais. Mas ao mesmo tempo em que nascem iguais e, todas as pessoas nascem livres. Essa liberdade está dentro delas, em sua inteligência e consciência. Deste modo, em tal sentido, as pessoas são diferentes, mas continuam todas iguais como seres humanos, tendo as mesmas necessidades e faculdades essenciais. Disso decorre a existência de direitos fundamentais, que são iguais para todos.

     Direitos como:
   Igualdade de todos os seres humanos não quer dizer igualdade física nem intelectual ou psicológica. Cada pessoa humana tem sua individualidade, sua personalidade, seu modo próprio de ver e de sentir as coisas.

   Necessidades fundamentais, como: a alimentação, a saúde, a moradia, a educação, entre outras;

   Direitos de: Liberdade, igualdade e fraternidade.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos está dividida em quatro partes e conta com trinta artigos - como se fossem trinta mandamentos. Veja alguns deles.

1. Ninguém poderá ser submetido à tortura ou tratamento desumano, ou sequer ser preso sem provas;

2. Toda pessoa acusada de um crime deve ser considerada inocente até o momento em que se prove sua culpa;

3. É direito de todos locomover-se livremente ou, então, fixar residência onde bem entender;

4.Todos os maiores de idade têm direito de se casar, ou de se separar daquele com quem se casou, ou ainda de não se casar se assim preferirem;

5.Também são livres para escolher e professar sua crença ou religião, assim como são plenamente livres para expressar suas opiniões;

6. Da mesma forma que todos têm direito a escolher livremente sua forma de trabalho, todos têm direito ao descanso e ao lazer;

7.Todos têm direito à educação fundamental, obrigatória e gratuita.

3- OBJETIVO

3.1 Objetivo geral: Para contemplar os Direitos Humanos, a disciplina de Educação Especial, Educação e Infância e Organização e Legislação, propõe gerar reflexões individuais ou coletivas sobre seus pressupostos:
I.         O que são direitos humanos?

II.        Por que se fala de igualdade de direitos?

III.      E as diferenças entre as pessoas e as culturas?

IV.      O que é a liberdade das pessoas?

V.        O que pressupõe a dignidade da pessoa humana?

VI.      Por que falar de solidariedade em direitos humanos?

VII.     Quais são os Direitos Humanos direcionados as pessoas com Necessidades Especiais?

VIII.   Quais são os Direitos Humanos direcionados as Crianças?

IX.      O que é A Declaração Universal dos Direitos Humanos?

3- ATIVIDADE 3º BIMESTRE
1.   Confecção de um Painel Explicativo contendo os principais Direitos Humanos: Liberdade, igualdade e fraternidade.

2.  Estudo Dirigido: sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

4-CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

- Assiduidade, participação, discussão em grupo, interesse e comprometimento com a atividade;

5- BIBLIOGRAFIA

ÉTICA E CIDADANIA: construindo valores na escola e na sociedade/coordenadora-geral: Lucia Helena Lodi. - Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos: Ministério da Educação, SEIF, SEMTEC, SEED, 2003. 6 v.: il. http://www.livrosgratis.com.br/arquivos_livros/me002922.pdf

PLANEJAMENTO 3º BIMESTRE: Educação e Infância  

1-IDENTIFICAÇÃO

Disciplina: Educação e Infância

Professora: Lenir Rodrigues Minghetti

2- CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Unidade III: Construção social da infância e determinações sócio-histórica.
   a)    Interação social da criança;

b)   Construção social da infância: determinantes sócio-históricos;

c)    A criança, a natureza e a sociedade;

d)   A produção cultural das crianças e para as crianças;

 3- OBJETIVO

- Caracterizar conceitos sobre a construção social, histórica e cultural da criança; 

- Conceituar de expor os fatores que interferem no desenvolvimento das crianças;

- Compreender como se forma o pensamento no cérebro.


4- METODOLOGIA

4.1 Estratégias de Ensino e Aprendizagem:

              Aula expositiva e dialógica - O professor a partir do conteúdo proposto no plano de ensino associado com fatores sociais vivenciados pelos alunos no dia-a-dia, estabelece uma dialética com os próprios, busca formas de solução e solicita aos alunos que a partir do conhecimento que já tenham – experiência de vida - escolham um ou mais caminhos de solução, a serem trabalhados com maior profundidade durante a aula.

4.2 As aulas seguirão o seguinte roteiro:

a)         Apresentação de conceitos básicos do tema proposto;

b)         Exposição de uma situação problema;

c)         Apresentação de elementos a serem observados de fatores sociais que facilitam ou dificultam a atuação do profissional da educação.

4.3 Recursos didáticos: quadro-negro, Datashow; internet; livro didático; apostilas e textos;


5- PROCESSOS DE AVALIAÇÃO

       Critérios de Avaliação:

I.         Avaliação: Trabalho de pesquisa: Trabalho infantil no Brasil.

II.        Avaliação: Prova- Avaliação Escrita, com 50% das respostas para questões objetivas e 50% para questões discursivas em questões dissertativas, com consulta ao material didático;

III.      Avaliação: seminário: Processos de formação do pensamento: conceitos espontâneos e científicos.

IV.      Avaliação: Assiduidade, participação em aula, discussão em grupo, interesse no conteúdo e comprometimento com a matéria apresentada;

V.        Avaliação: Recuperação: Produção de uma Resenha crítica sobre o filme: “Uma professora sem classe”.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  MULLER, Ana Paula Pamplona da Silva. Pedagogia da Educação Infantil. Caderno de estudos. UNILASSALE, 2008.

Wolff, Celi Terezinha. Organização do Trabalho pedagógico na educação infantil. Caderno de estudos. UNILASSALE, 2008.

BRASIL. Referencia curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MC/SEF,19998. Vol. 1;2  e 3.

PLANEJAMENTO 3º BIMESTRE: ORGANIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL

 1-IDENTIFICAÇÃO

Disciplina: Organização e Legislação Educacional

Professora: Lenir Rodrigues Minghetti

 2- CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

    Unidade III: Legislação Especifica/Nacional:

a) Educação Especial;

b) - Educação indígena;

c) - Educação do Campo e

d)- Educação do Trânsito.


3- OBJETIVO

- Caracterizar conceitos de Organização e Legislação Educacional;

- Conceituar estratégias aplicadas pela Legislação estudada;

- Compreender a importância da Legislação estudada para a educação.
 

4- METODOLOGIA

4.1 Estratégias de Ensino e Aprendizagem:

              Aula expositiva e dialógica - O professor a partir do conteúdo proposto no plano de ensino associado com fatores sociais vivenciados pelos alunos no dia-a-dia, estabelece uma dialética com os próprios, busca formas de solução e solicita aos alunos que a partir do conhecimento que já tenham – experiência de vida - escolham um ou mais caminhos de solução, a serem trabalhados com maior profundidade durante a aula.

4.2 As aulas seguirão o seguinte roteiro:

e) Apresentação de conceitos básicos do tema proposto;

f)  Exposição de uma situação problema;

g) Discussão sobre a importância dos conhecimentos das políticas públicas para sociedade;

h) Apresentação de elementos a serem observados de fatores sociais que facilitam ou dificultam a atuação do profissional da educação.


4.3 Recursos didáticos: quadro-negro, Datashow; internet; livro didático; apostilas e textos; 

5- PROCESSOS DE AVALIAÇÃO

Critérios de Avaliação:

1.    Avaliação: Trabalho de pesquisa: Educação do Trânsito;

2.    Avaliação: Prova- Avaliação Escrita, com 50% das respostas para questões objetivas e 50% para questões discursivas em questões dissertativas, com consulta ao material didático;

3.    Avaliação: Estudo dirigido: Educação Especial.

4.    Avaliação: Assiduidade, participação em aula, discussão em grupo, interesse no conteúdo e comprometimento com a matéria apresentada;

5.    Avaliação: Recuperação: O aluno deverá construir um Painel com o tema: Educação no Trânsito e colar na escola.  

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

   Bertha de Borja Reis do Valle (org.) POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO. Disponível em: www2.videolivraria.com.br/pdfs/23865.pdf Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Disponível em:  www.pedagogiaaopedaletra.com/.../ldb-atualizada-2011-mec-ldb-atu...

Legislação Especifica para a Educação. Disponível em: http://www.planalto.gov.br .

PLANEJAMENTO 3º BIMESTRE: EDUCAÇÃO ESPECIAL

1-IDENTIFICAÇÃO

Disciplina: Educação Especial

Professora: Lenir Rodrigues Minghetti


2- CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1-Condutas Típicas: Transtornos Globais do Desenvolvimento:

  Transtornos das habilidades motoras;

  Baixa autoestima,

  Transtornos do Comportamento Disruptivo: O Transtorno de oposição e desafio (TOD);

  Transtorno de Conduta;

  Transtornos Depressivos na Infância;

2-Transtornos invasivos do desenvolvimento:

  Autismo Infantil; Autismo atípico; Transtorno desintegrativo da infância;

  Transtornos de Tique;

  Transtornos da Excreção: enurese e encoprese;

  Fobias específicas e Fobia social;

3- OBJETIVO

- Caracterizar conceitos sobre os transtornos Globais do Desenvolvimento; 

- Conceituar e expor os Transtornos invasivos do desenvolvimento;

- Compreender a importância da Educação Especial para a educação.

4- METODOLOGIA

4.1 Estratégias de Ensino e Aprendizagem:

              Aula expositiva e dialógica - O professor a partir do conteúdo proposto no plano de ensino associado com fatores sociais vivenciados pelos alunos no dia-a-dia, estabelece uma dialética com os próprios, busca formas de solução e solicita aos alunos que a partir do conhecimento que já tenham – experiência de vida - escolham um ou mais caminhos de solução, a serem trabalhados com maior profundidade durante a aula.

4.2 As aulas seguirão o seguinte roteiro:

a)      Apresentação de conceitos básicos do tema proposto;

b)      Exposição de uma situação problema;

c)      Apresentação de elementos a serem observados de fatores sociais que facilitam ou dificultam a atuação do profissional da educação.

4.3 Recursos didáticos: quadro-negro, Datashow; vídeos; filmes; internet; livro didático; apostilas e textos;

4.4 Fime: Shine Brilhante- (David Helfgott).

5- PROCESSOS DE AVALIAÇÃO

Critérios de Avaliação:

I.        Trabalho de Pesquisa: Transtornos de Tique;

II.     Estudo dirigido: Declaração Universal dos Direitos Humanos.

III.  Prova: todos os conteúdos repassados;

IV.  Avaliação: Assiduidade, participação em aula, discussão em grupo, interesse no conteúdo e comprometimento com a matéria apresentada;

V.     Recuperação: O aluno deverá fazer um Resumo sobre o texto: “Psicopatologias do sono”.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  NASCIMENTO, Luciana Monteiro do; Educação Especial. Caderno de estudos. UNILASSALE, 2008.

ABC, da Saúde. Transtornos Psiquiátricos na Infância. Disponível em: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?425

1.         MINGHETTI, Lenir Rodrigues; ARRUDA, Juliana Tonetto Sperotto de.  Psicopatologias infantis: patologias infantis decorrentes do sono (Artigo). Visão Global, Joaçaba, v. 12, n. 2, p. 279-294, jul./dez. 2009. Disponível em: http://editora.unoesc.edu.br/index.php/visaoglobal/article/view/626/287

Política de Educação Especial. Disponível em:  portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn2.pdfSimil.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Pedro Demo aborda os desafios da linguagem no século XXI



Pedro Demo aborda os desafios da linguagem no século XXI

Segunda-feira, 07 de Julho de 2008 - 33 comentário(s) - 4644 Visualizações
Pedro Demo é professor do departamento de Sociologia da Universidade de Brasília (UnB). PhD em Sociologia pela Universidade de Saarbrücken, Alemanha, e pós-doutor pela University of California at Los Angeles (UCLA), possui 76 livros publicados, envolvendo Sociologia e Educação. No mês passado esteve em Curitiba para uma palestra promovida pela Faculdade Opet, e conversou com o Nota 10.

O tema de sua palestra é “Os desafios da linguagem do século XXI para a aprendizagem na escola”. Quais são os maiores desafios que professores e alunos enfrentam, envolvendo essa linguagem?

A escola está distante dos desafios do século XX. O fato é que quando as crianças de hoje forem para o mercado, elas terão de usar computadores, e a escola não usa. Algumas crianças têm acesso à tecnologia e se desenvolvem de uma maneira diferente - gostam menos ainda da escola porque acham que aprendem melhor na internet. As novas alfabetizações estão entrando em cena, e o Brasil não está dando muita importância a isso – estamos encalhados no processo do ler, escrever e contar. Na escola, a criança escreve porque tem que copiar do quadro. Na internet, escreve porque quer interagir com o mundo. A linguagem do século XXI – tecnologia, internet – permite uma forma de aprendizado diferente. As próprias crianças trocam informações entre si, e a escola está longe disso. Não acho que devemos abraçar isso de qualquer maneira, é preciso ter espírito crítico - mas não tem como ficar distante. A tecnologia vai se implantar aqui “conosco ou sem nosco”.

A linguagem do século XXI envolve apenas a internet?

Geralmente se diz linguagem de computador porque o computador, de certa maneira, é uma convergência. Quando se fala nova mídia, falamos tanto do computador como do celular. Então o que está em jogo é o texto impresso. Primeiro, nós não podemos jogar fora o texto impresso, mas talvez ele vá se tornar um texto menos importante do que os outros. Um bom exemplo de linguagem digital é um bom jogo eletrônico – alguns são considerados como ambientes de boa aprendizagem. O jogador tem que fazer o avatar dele – aquela figura que ele vai incorporar para jogar -, pode mudar regras de jogo, discute com os colegas sobre o que estão jogando. O jogo coloca desafios enormes, e a criança aprende a gostar de desafios. Também há o texto: o jogo vem com um manual de instruções e ela se obriga a ler. Não é que a criança não lê – ela não lê o que o adulto quer que ele leia na escola. Mas quando é do seu interesse, lê sem problema. Isso tem sido chamado de aprendizagem situada – um aprendizado de tal maneira que apareça sempre na vida da criança. Aquilo que ela aprende, quando está mexendo na internet, são coisas da vida. Quando ela vai para a escola não aparece nada. A linguagem que ela usa na escola, quando ela volta para casa ela não vê em lugar nenhum. E aí, onde é que está a escola? A escola parece um mundo estranho. As linguagens, hoje, se tornaram multimodais. Um texto que já tem várias coisas inclusas. Som, imagem, texto, animação, um texto deve ter tudo isso para ser atrativo. As crianças têm que aprender isso. Para você fazer um blog, você tem que ser autor – é uma tecnologia maravilhosa porque puxa a autoria. Você não pode fazer um blog pelo outro, o blog é seu, você tem que redigir, elaborar, se expor, discutir. É muito comum lá fora, como nos Estados Unidos, onde milhares de crianças de sete anos que já são autoras de ficção estilo Harry Potter no blog, e discutem animadamente com outros autores mirins. Quando vão para a escola, essas crianças se aborrecem, porque a escola é devagar.

Então a escola precisa mudar para acompanhar o ritmo dos alunos?

Precisa, e muito. Não que a escola esteja em risco de extinção, não acredito que a escola vai desaparecer. Mas nós temos que restaurar a escola para ela se situar nas habilidades do século XXI, que não aparecem na escola. Aparecem em casa, no computador, na internet, na lan house, mas não na escola. A escola usa a linguagem de Gutenberg, de 600 anos atrás. Então acho que é aí que temos que fazer uma grande mudança. Para mim, essa grande mudança começa com o professor. Temos que cuidar do professor, porque todas essas mudanças só entram bem na escola se entrarem pelo professor – ele é a figura fundamental. Não há como substituir o professor. Ele é a tecnologia das tecnologias, e deve se portar como tal.

Qual é a diferença da interferência da linguagem mais tecnológica para, como o senhor falou, a linguagem de Gutenberg?

Cultura popular. O termo mudou muito, e cultura popular agora é mp3, dvd, televisão, internet. Essa é a linguagem que as crianças querem e precisam. Não exclui texto. Qual é a diferença? O texto, veja bem, é de cima para baixo, da esquerda para a direita, linha por linha, palavra por palavra, tudo arrumadinho. Não é real. A vida real não é arrumadinha, nosso texto que é assim. Nós ficamos quadrados até por causa desses textos que a gente faz. A gente quer pensar tudo seqüencial, mas a criança não é seqüencial. Ela faz sete, oito tarefas ao mesmo tempo – mexe na internet, escuta telefone, escuta música, manda email, recebe email, responde - e ainda acham que na escola ela deve apenas escutar a aula. Elas têm uma cabeça diferente. O texto impresso vai continuar, é o texto ordenado. Mas vai entrar muito mais o texto da imagem, que não é hierárquico, não é centrado, é flexível, é maleável. Ele permite a criação conjunta de algo, inclusive existe um termo interessante para isso que é “re-mix” – todos os textos da internet são re-mix, partem de outros textos. Alguns são quase cópias, outros já são muito bons, como é um texto da wikipedia (que é um texto de enciclopédia do melhor nível).

Qual a sua opinião sobre o internetês?

Assim como é impossível imaginar que exista uma língua única no mundo, também existem as línguas concorrentes. As sociedades não se unificam por língua, mas sim por interesses comuns, por interatividade (como faz a internet por exemplo). A internet usa basicamente o texto em inglês, mas admite outras culturas. Eu não acho errado que a criança que usa a internet invente sua maneira de falar. No fundo, a gramática rígida também é apenas uma maneira de falar. A questão é que pensamos que o português gramaticalmente correto é o único aceitável, e isso é bobagem. Não existe uma única maneira de falar, existem várias. Mas com a liberdade da internet as pessoas cometem abusos. As crianças, às vezes, sequer aprendem bem o português porque só ficam falando o internetês. Acho que eles devem usar cada linguagem isso no ambiente certo – e isso implica também aprender bem o português correto.

O senhor é um grande escritor na área de educação, e tem vários livros publicados. Desses livros qual é o seu preferido?

Posso dizer uma coisa? Eu acho que todos os livros vão envelhecendo, e eu vou deixando todos pelo caminho. Não há livro que resista ao tempo. Mas um dos que eu considero com mais impacto – e não é o que eu prefiro – é o livro sobre a LDB (A Nova LDB: Ranços e Avanços), que chegou a 20 e tantas edições. É um livro que eu não gosto muito, que eu não considero um bom livro, mas... Outros livros que eu gosto mais saíram menos, depende muito das circunstâncias. Eu gosto sobretudo de um livrinho que eu publiquei em 2004, chamado Ser Professor é Cuidar que o Aluno Aprenda. É o ponto que eu queria transmitir a todos os professores: ser professor não é dar aulas, não é instruir, é cuidar que o aluno aprenda. Partir do aluno, da linguagem dele, e cuidar dele, não dar aulas. O professor gosta de dar aula, e os dados sugerem que quanto mais aulas, menos o aluno aprende. O professor não acredita nisso, acha que isso é um grande disparate. Mas é verdade. É melhor dar menos aulas e cuidar que o aluno pesquise, elabore, escreva - aprenda. Aí entra a questão da linguagem de mídia: a língua hoje não é dos gramáticos, é de quem usa a internet. Então a língua vai andar mais, vai ter que se contorcer, vai ser mais maleável.

Então o professor gosta de dar aulas deve mudar esse pensamento?

É um grande desafio: cuidar do professor, arrumar uma pedagogia na qual ele nasça de uma maneira diferente, não seja só vinculado a dar aulas. A pedagogia precisa inventar um professor que já venha com uma cara diferente, não só para dar aulas e que seja tecnologicamente correto. Que mexa com as novas linguagens, que tenha blog, que participe desse mundo – isso é fundamental. Depois, quando ele está na escola, ele precisa ter um reforço constante para aprender. É preciso um curso grande, intensivo, especialização, voltar para a universidade, de maneira que o professor se reconstrua. Um dos desejos que nós temos é de que o professor produza material didático próprio, que ainda é desconhecido no Brasil. Ele tem que ter o material dele, porque a gente só pode dar aula daquilo que produz - essa é a regra lá fora. Quem não produz não pode dar aula, porque vai contar lorota. Não adianta também só criticar o professor, ele é uma grande vítima de todos esses anos de descaso, pedagogias e licenciaturas horríveis, encurtadas cada vez mais, ambientes de trabalho muito ruins, salários horrorosos... Também nós temos que, mais que criticar, cuidar do professor para que ele se coloque a altura da criança. E também, com isso, coloque à altura da criança a escola – sobretudo a escola pública, onde grande parte da população está. 

quarta-feira, 11 de julho de 2012

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Como fechamento do Semestre das Disciplinas de Filosofia, Sociologia e História, da Escola deEducação Básica Sagrado Coração Jesus - Tubarão / SC. Professora: LenirRodrigues Minghetti. Curso: Técnico em Manutenção e Suporte em Informática do foi utilizado o Recurso de Mapa Conceitual.

Importância dos Mapas Conceituais

                                 Importância dos Mapas Conceituais

       A teoria a respeito dos Mapas Conceituais foi desenvolvida na decáda de 70 pelo pesquisador e navegador norte-americano Joseph Novak, com vistas à facilitar a administração, ao nível de Comando e Estado Maior, de uma companhia de navegação. Ele define mapa conceitual como uma ferramenta administrativa, para organizar e representar o conhecimento, de forma geral, sendo basicamente um aperfeiçoamento do conhecido organograma, somente que, bastante, e muito detalhado, com fins de ser utilizado em trabalho de equipe e/ou em colegiado.
      O então chamado mapa conceitual, foi originalmente baseado na teoria da aprendizagem significativa de David Ausubel. A aprendizagem pode ser dita significativa quando uma nova informação adquire significado para o aprendiz através de uma espécie de ancoragem em aspectos relevantes da estrutura cognitiva preexistente do indivíduo. Na aprendizagem significativa há uma interação entre o novo conhecimento e o já existente, na qual ambos se modificam. À medida que o conhecimento prévio serve de base para a atribuição de significados à nova informação, ele também se modifica. A estrutura cognitiva está constantemente se reestruturando durante a aprendizagem significativa. O processo é dinâmico; o conhecimento vai sendo construído.
      Podemos dizer que mapa conceitual é uma representação gráfica em duas ou mais dimensões de um conjunto de conceitos construídos de tal forma que as relações entre eles sejam evidentes. Os conceitos aparecem dentro de caixas enquanto que as relações entre os conceitos são especificadas através de frases de ligação nos arcos que unem os conceitos. As frases de ligação têm funções estruturantes e exercem papel fundamental na representação de uma relação entre dois conceitos. A dois conceitos, conectados por uma frase de ligação chamamos de proposição. As proposições são uma característica particular dos mapas conceituais se comparados a outros tipos de representação como os mapas mentais