terça-feira, 25 de março de 2014

Conteúdo da prova de História 1 ano Ensino Médio

Fontes históricas


Para saber do passado, o historiador conta com a ajuda das fontes históricas. Fontes históricas são os documentos que permitem ao historiador recontar e interpretar os fatos passados e reconstruir a história.
As fontes históricas podem ser vestígios arqueológicos, como ossos dos animais e dos homens que viveram no período da pré-história. Esses são exemplos de fontes materiais escritas.
materiais escritas: Documentos escritos em tempos passados, mapas, cartas, diários, pergaminhos e jornais antigos também são fontes materiais escritas.

As fontes materiais não escritas são objetos antigos, pinturas, utensílios, ferramentas, armas, esculturas. O historiador também pode utilizar como objeto de pesquisa as fontes não materiais baseadas nas lendas e contos antigos passados de pai para filho, através de depoimentos transmitidos através da oralidade, ou seja, da fala.

É por meio das relações entre as várias fontes históricas que o conhecimento humano sobre o passado vai sendo interpretado e reconstruído. Assim, devemos lembrar que uma mesma fonte histórica pode ter diversas interpretações. Tudo depende da forma como cada historiador trabalha sua fonte.
Infelizmente muitas fontes históricas se perderam com o passar do tempo, mas com a ajuda de arquivos públicos e particulares, bibliotecas, museus e colecionadores, outras fontes históricas têm sido preservadas e guardadas.

Tempo histórico

Assim como podemos contar o tempo através do tempo cronológico, usando relógios ou calendários, temos ainda outros tipos de tempo: o tempo geológico, que se refere às mudanças ocorridas na crosta terrestre, e o tempo histórico que está relacionado às mudanças nas sociedades humanas.
O tempo histórico tem como agentes os grupos humanos, os quais provocam as mudanças sociais, ao mesmo tempo em que são modificados por elas.
O tempo histórico revela e esclarece o processo pelo qual passou ou passa a realidade em estudo. Nos anos 60, por exemplo, em quase todo o Ocidente, a juventude viveu um período agitado, com mudanças, movimentos políticos e contestação aos governos. O rock, os hippies, os jovens revolucionários e , no Brasil, o Tropicalismo (Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, entre outros) e a Jovem Guarda (Roberto Carlos, Erasmo Carlos, entre tantos outros), foram experiências sociais e musicais que deram à década de 60 uma história peculiar e diferente dos anos 50 e dos anos 70.
Isto é o tempo histórico: traçamos um limite de tempo para estudar os seus acontecimentos característicos, levando em conta que, naquele momento escolhido, muitos seres humanos viveram, sonharam, trabalharam e agiram sobre a natureza e sobre as outras pessoas, de um jeito específico.
A história não é prisioneira do tempo cronológico. Às vezes, o historiador é obrigado a ir e voltar no tempo. Ele volta para compreender as origens de uma determinada situação estudada e segue adiante ao explicar os seus resultados.

A contagem do tempo histórico

O modo de medir e dividir o tempo varia de acordo com a crença, a cultura e os costumes de cada povo. Os cristãos, por exemplo,  datam a história da humanidade a partir do nascimento de Jesus Cristo. Esse tipo de calendário é utilizado por quase todos os povos do mundo, incluindo o Brasil.
O ponto de partida de cada povo ao escrever ou contar a sua história é o acontecimento que é considerado o mais importante.
O ano  de 2008, em nosso calendário, por exemplo, representa a soma dos anos que se passaram desde o nascimento de Jesus e não todo o tempo que transcorreu desde que o ser humano apareceu na Terra, há cerca de quatro milhões de anos.
Como podemos perceber, o nascimento de Jesus Cristo é o principal marco em nossa forma de registrar o tempo. Todos os anos e séculos antes do nascimento de Jesus são escritos com as letras a.C. e, dessa maneira, então 127 a.C., por exemplo, é igual a 127 anos antes do nascimento de Cristo.
Os anos e séculos que vieram após o nascimento de Jesus Cristo não são escritos com as letras d.C., bastando apenas escrever, por exemplo, no ano 127.
           
O uso do calendário facilita a vida das pessoas. Muitas vezes, contar um determinado acontecimento exige o uso de medidas de tempo tais como século, ano, mês, dia e até mesmo a hora em que o fato ocorreu. Algumas medidas de tempo muito utilizadas são:
  • milênio: período de 1.000 anos;
  • século: período de 100 anos;
  • década: período de 10 anos;
  • qüinqüênio: período de 5 anos;´
  • triênio: período de 3 anos;
  • biênio: período de 2 anos (por isso, falamos em bienal).

Entendendo as convenções para contagem de tempo

Para identificar um século a partir de uma data qualquer, podemos utilizar operações matemáticas simples. Observe.
  • Se o ano terminar em dois zeros, o século corresponderá ao (s) primeiro (s)algarismo (s) à esquerda desses zeros. Veja os exemplos:

                                   ano 800: século VIII
                                   ano 1700: século XVII
                                   ano 2000: século XX
  • Se o ano não terminar em dois zeros, desconsidere a unidade e a dezena, se houver, e adicione 1 ao restante do número, Veja:

                                   ano 5:               0+1= 1                       século I
                                   ano 80:             0+1= 1                       século I
                                   ano 324           3+1=4                         século IV
                                   ano 1830         18+1=19                     século XIX
                                   ano 1998         19+1=20                     século XX
                                   ano 2001         20+1=21                     século XXI

 




Periodização da História (isto é, a divisão da história da humanidade em fases), é objeto de controvérsia. Considerando que pode haver tantas divisões possíveis quanto houver pontos-de-vista culturais, etnográficos e ideológicos, não há como definir um único padrão de períodos. No entanto, algumas mudanças fundamentais na política, na tecnologia, nas ciências, nas artes e na filosofia são geralmente usadas como consenso para definir diferentes estágios históricos.
Uma periodização comumente usada pela historiografia ocidental, baseada em grandes marcos de mudança de poder na geopolítica européia, é a seguinte:
Da vida do homem em terra, 98% compõem o que se convencionou chamar Pré-História. Os 2% restantes são a história propriamente dita. Esta divisão é convencional e tem caráter didático, pois as mudanças ocorridas de um período para outro se estenderam por um largo período de tempo, e de forma gradual, onde não existe rompimento abrupto, como visto nos livros didáticos, onde numa página se lê "fim da Idade Média" e na página seguinte "início da Idade Moderna".
Ademais, por exemplo, os modos de produção de um péríodo se misturam com o seguinte, ou com o anterior. Factos históricos, destacados, são tomados como marcos para separar as idades da história, delimitações, hoje, muito questionadas pelos professores e estudiosos. Por exemplo, uma nova era pode estar começando hoje, já ter começado a alguns anos, ou vir a acontecer daqui a alguns anos?
Ninguém sabe responder a essa pergunta, na mesma proporção que não se pode ter certeza da eficiência da divisão atual: conforme as eras vão ficando mais recentes, elas vão ficando menores, e nessa tendência chegará um dia em que o sistema inteiro precisará ser revisto.
Mas o que mais atrapalha na precisão histórica é a própria destruição dos registros históricos, como por exemplo, na Biblioteca de Alexandria (a maior biblioteca do mundo da Idade Antiga foi queimada durante a invasão islâmica) ou na de Lisboa (destruída durante o terremoto). Não é difícil imaginar que parte da chave daquilo que aconteceu na antiguidade ficou distorcida para sempre, e que muita coisa que existe atualmente ainda não tem uma explicação histórica (como por exemplo, quem realmente inventou a bússola? Quem realmente descobriu o Brasil? Quantos livros Pitágoras publicou de fato?). Assim, chega-se à conclusão de que não sabemos realmente o que aconteceu.
Do ponto de vista europeu, a História se divide em quatro grandes períodos:

Idade Antiga

Está estreitamente ligada ao Oriente. Lá florescem as primeiras civilizações, sobretudo na chamada "Zona do Crescente Fértil", que atraiu, pelas possibilidades agrícolas, os primeiros habitantes do Egito, Palestina, Mesopotâmia, Irã e Fenícia. Abrange, também, as chamadas civilizações clássicas, Grécia e Roma, Ocidente. Vai do aparecimento da escrita (3500 a.C.) até a Queda do Império Romano Ocidental em 476. Caracterizou-se pelo Escravismo

Idade Média

Compreende o espaço de dez séculos decorridos entre a Queda do Império Romano do Ocidente e a Queda do Império Romano do Oriente em 1453 (tomada de Constatinopla). Sistema que a caracterizou: o Feudalismo.

Idade Moderna

Começa em fins do século XV com a invenção da Imprensa, os descobrimentos marítimos e o Renascimento, e vai até a Revolução Francesa de 1789. Com ela nasceu o Capitalismo. Aqui aparecem os Estados nacionais e os reis recuperando os poderes que tinham perdido no Feudalismo, tornando-se senhores absolutos de suas nações.

Idade Contemporânea

Vai da Revolução Francesa até os nossos dias. Verifica-se o grande avanço da técnica e os conflitos de grandes proporções. O pós-guerra se caracteriza pela Guerra Fria do Capitalismo com o Socialismo. E a partir de 1989, uma série de ocorrências político-ideológicas no leste europeu.

Origens da humanidade

Você já deve ter tido a curiosidade de saber como surgiu a espécie humana no planeta em que vivemos, não é mesmo? Essa curiosidade não é só sua. Muitos pesquisadores e cientistas têm estudado para descobrir como se deu a origem do ser humano na Terra.
Quanto mais a ciência se desenvolve, mais avançados são os recursos científicos que esses pesquisadores podem utilizar. Eles são capazes de encontrar novas possibilidades para explicar a origem humana. Assim, como um quebra-cabeça, cada nova descoberta vai completando o nosso conhecimento sobre o tema.
Entre as diversas explicações para o aparecimento do ser humano na Terra, duas se destacam pelo amplo debate que provocaram: o criacionismo, defendido por judeus e cristãos, e a teoria da evolução

A criação

Durante muito tempo, os sábios idealistas sustentaram a teoria do limite intransponível entre o homem e os animais. Essa concepção se baseava no mito bíblico da criação do homem por Deus, que o teria feito "à sua imagem e semelhança".
A questão sobre as origens do homem remete um amplo debate, no qual filosofia, religião e ciência entram em cena para construir diferentes concepções sobre a existência da vida humana e, implicitamente, por que somos o único espécime dotado de características que nos diferenciam do restante dos animais.
Desde as primeiras manifestações mítico-religiosas, o homem busca resposta para essa questão. Neste âmbito, a teoria criacionista é a que tem maior aceitação. Ao mesmo tempo, ao contrário do que muitos pensam, as diferentes religiões do mundo elaboraram uma versão própria da teoria criacionista.
A mitologia grega atribui a origem do homem ao feito dos titãs Epimeteu e Prometeu. Epimeteu teria criado os homens sem vida, imperfeitos e feitos a partir de um molde de barro. Por compaixão, seu irmão Prometeu resolveu roubar o fogo do deus Vulcano para dar vida à raça humana. Já a mitologia chinesa, atribui a criação da raça humana à solidão da deusa Nu Wa, que ao perceber sua sombra sob as ondas de um rio, resolveu criar seres à sua semelhança.

O cristianismo adota a Bíblia como fonte explicativa sobre a criação do homem. Segundo a narrativa bíblica, o homem foi concebido depois que Deus criou céus e terra. Também feito a partir do barro, o homem teria ganhado vida quando Deus assoprou o fôlego da vida em suas narinas. Outras religiões contemporâneas e antigas formulam outras explicações, sendo que algumas chegam a ter pontos de explicação bastante semelhantes.

Pintura feita por Michelangelo no teto da Capela Sistina, no Palácio do Vaticano, em 1510, que representa a criação do homem por Deus, à sua imagem e semelhança.

Evolução humana

Em oposição ao criacionismo, a teoria evolucionista parte do princípio de que o homem é o resultado de um lento processo de alterações (mudanças). Esta é a idéia central da evolução: os seres vivos (vegetais e animais, incluindo os seres humanos) se originaram de seres mais simples, que foram se modificando ao longo do tempo.
Essa teoria, formulada na segunda metade do século XIX pelo cientista inglês Charles Darwin, tem sido aperfeiçoada pelos pesquisadores e hoje é aceita pela maioria dos cientistas.
Após abandonar seus estudos em medicina, Charles Darwin (1809 – 1882) decidiu dedicar-se às pesquisas sobre a natureza. Em 1831 foi convidado a participar, como naturalista, de uma expedição de cinco anos ao redor do mundo organizada pela Marinha britânica.
Em 1836, de volta  à Inglaterra, trazia na bagagem milhares de espécimes animais e vegetais coletados em todos os continentes, além de uma enorme quantidade de anotações. Após vinte anos de pesquisas baseadas nesse material, saiu sua obra prima: A Origem das Espécies através da seleção natural, livro publicado em 1859.
A grande contribuição de Darwin para a teoria da evolução foi a idéia da seleção natural. Ele observou que os seres vivos sofrem modificações que podem ser passadas para as gerações seguintes.
No caso das girafas, ele imaginou que, antigamente, haveria animais de pescoço curto e pescoço longo. Com a oferta mais abundante de alimentos no alto das árvores, as girafas de pescoço longo tinham mais chance de sobreviver, de se reproduzir e assim transmitir essa característica favorável aos descendentes. A seleção natural nada mais é, portanto, do que o resultado da transmissão hereditária dos caracteres que melhor adaptam uma espécie ao meio ambiente. [...]
A idéia seleção natural não encontrou muita resistência, pois explicava a extinção de animais como os dinossauros, dos quais já haviam sido encontrados muitos vestígios. O que causou grande indignação, tanto nos meios religiosos quanto nos científicos, foi a afirmação de que o ser humano e o macaco teriam um parente em comum, que vivera há milhões de anos. Logo, porém surgiria a comprovação dessa teoria, à medida que os pesquisadores  descobriam esqueletos com características intermediárias entre os humanos e os símios.

Humanos PRÉ-HISTÓRICOS:

As etapas da evolução humana

Primatas: Os mais antigos viveram há cerca de 70 milhões de anos. Esses mamíferos de pequeno porte habitavam as árvores das florestas e alimentavam-se de olhas e insetos.

Hominoides: São primatas que viveram entre aproximadamente 22 e 14 milhões de anos atrás. O procônsul, que tinha o tamanho de um pequeno gorila, habitava em árvores, mas também descia ao solo; era quadrúpede, isto é, locomovia-se sobre as quatro patas. Descendente do procônsul, o kenyapiteco às vezes endireitava o corpo e se locomovia sobre as patas traseiras.

Hominídeos: Família que inclui o gênero australopiteco e também o gênero humano. O australopiteco afarense, que viveu há cerca de 3 milhões de anos, era um pouco mais alto que o chimpanzé. Já caminhava sobre os dois pés e usava longos braços se pendurar nas  árvores. Mais alto e pesado, o australopiteco africano viveu entre 3 milhões e 1 milhão de anos. Andava ereto e usava as mãos para coletar frutos e atirar pedras para abater animais.

Homo habilis: Primeiro hominídeo do gênero Homo. Viveu por volta de 2 milhões de anos a 1,4 milhões de anos atrás. Fabricava instrumentos simples de pedra, construía cabanas e, provável,ente, desenvolveu, uma linguagem rudimentar. Seus vestígios só foram encontrados na África.

Homo erectus: Descente do Homo habilis, viveu entre 6 milhões de anos e 150 mil anos atrás. Saiu da África, alcançando a Europa, a Ásia e a Oceania. Fabricava instrumentos de pedra mais complexos e cobria o corpo com  peles de animais. Vivia em grupos de vinte a trinta membros e utilizava uma linguagem mais sofisticada. Foi o descobridor do fogo.

Homem de Neandertal: Provável descendente do Homo erectus, viveu há cerca de 200 mil a 30 mil anos. Habilidoso, criou muitas ferramentas e fabricava armas e abrigos com ossos de animais. Enterrava os mortos nas cavernas, com flores e objetos. Conviveu com os primeiros homens modernos e desapareceu por motivos até hoje desconhecidos.

Homo sapiens:  Descendente do Homo erectus, surgiu entre 100 mil e 50 mil anos atrás. Trata-se do homem moderno. Espalhou-se por toda a Terra, deixando variados instrumentos de pedra, osso e marfim. Desenvolveu a pintura e a escultura.

É preciso lembrar, porém, que esse painel não está completo. Ele apenas resume o que foi possível concluir a partir dos fósseis estudados até hoje. Ainda faltam muitas peças no quebra cabeça  da evolução humana, por exemplo, o tão procurado "elo perdido", aquele espécime com características de primatas e de humanos, que explicaria um importante passo da humanidade em sua fascinante aventura sobre a Terra.



Paleolítico O que foi o Paleolítico, ferramentas, Idade da Pedra Lascada, Homens das Cavernas, produção do fogo, características
homens do Paleolítico  

Paleolítico: a caça era uma das principais fontes de alimentação

Introdução 
O Paleolítico, também conhecido como Idade da Pedra Lascada, é a primeira fase da Idade da Pedra. Vai de 2 milhões a.C (época aproximada em que o homem fabricou o primeiro utensílio) até 10.000 a.C (início do Período Neolítico).

Principais características do período Paleolítico:
Fabricação de ferramentas e caça 
ferramentas do Período Paleolítico Exemplos de ferramentas do Período Paleolítico
Este período da Pré-História se caracteriza pela fabricação de ferramentas (machados, lanças, cajados, facas, etc) e outros objetos de pedra, ossos e madeira. A vida neste período baseava-se na caça de animais, pesca e coleta de alimentos (frutos, folhas e raízes).

Nomadismo 
Os homens deste período eram nômades, ou seja, se deslocavam constantemente de um local para outro em busca de água e alimentos. Como precisavam deixar o local constantemente, buscavam moradias provisórias como, por exemplo, cavernas e vãos entre rochas.

Economia 
A economia na fase do Paleolítico era de subsistência, ou seja, não acumulavam nem produziam para o comércio, mas apenas para a sobrevivência do grupo. Os bens de produção do grupo (ferramentas, utensílios e outros objetos) eram de propriedade coletiva.

Organização social 
Os homens se organizavam em pequenos grupos, cuja liderança era do mais forte e experiente. Aos homens cabia a tarefa de caçar, pescar e proteger o grupo. As mulheres ficavam com a função de preparar o alimento e cuidar dos filhos.

Comunicação 
A comunicação neste período era baseada na emissão de pouca quantidade de sons (ruídos). Outra forma muita usada de comunicação foram as pinturas rupestres (desenhos feitos em paredes de cavernas). Através destes desenhos (arte rupestre) eles marcavam o tempo, trocavam experiências e transmitiam mensagens e sentimentos.
O fogo
fogo no Paleolítico Produção do fogo no Paleolítico

Uma das grandes descobertas do período foi a produção do fogo. Este era produzido através de dois processos. O mais rudimentar era a fricção de duas pedras sob um maço de palha seca. A faísca obtida incendiava a palha. Num segundo procedimento, mais elaborado, um graveto era girado sob o furo de uma madeira seca. Este procedimento, através do aquecimento, gerava calor que passava para a palha, provocando o fogo.

Rituais
No Paleolítico, os homens já realizavam rituais funerários. Arqueólogos encontraram, em várias regiões, potes de cerâmica com restos mortais e objetos pessoais dentro de cavernas. Eram também realizados rituais religiosos com a utilização do fogo.

Hominídeos que viveram no Paleolítico
Australopitecos , Homo Habilis, Homo Erectus, Homo Sapiens, Homem de Neanderthal e Homem de Cro-Magnon.

Neolítico O que foi o neolítico, sedentarismo, desenvolvimento da agricultura, domesticação de animais, formação das
 primeiras comunidades, divisão do trabalho, economia de trocas, idade da Pedra Polida
neolítico
Pote de cerâmica do período Neolítico
  Introdução 
Neolítico, também conhecido como Idade da Pedra Polida foi a fase da pré-história que ocorreu entre 12 mil e 4 mil a.C. O início deste período é marcado com o fim das glaciações (época em que quase todo planeta ficou coberto de gelo) e termina com o desenvolvimento da escrita na Suméria (região da Mesopotâmia).

Entre as principais características do Neolítico, podemos citar:
- Desenvolvimento da agricultura. Este avanço permitiu ao ser humano ter uma vida menos dependente da natureza. Não necessitava mais coletar frutos, vegetais e raízes.

- A domesticação dos animais (cabras, bois, porcos, cavalos e aves) também colaborou com a melhoria na qualidade de vida. Aliada a agricultura, a domesticação dos animais permitiu ao homem um aumento significativo na quantidade de produção de alimentos.

- Em decorrência do desenvolvimento da agricultura e domesticação dos animais, o ser humano deixou de ser nômade (sem moradia fixa) para tornar-se sedentário (com moradia fixa). Este fato permitiu o desenvolvimento das primeiras comunidades (tribos, aldeias, vilas e cidades). Estas primeiras comunidades desenvolviam-se às margens de rios e lagos. Além de suprir as necessidades básicas, a água assumia uma nova função na vida dos homens: irrigar o solo para o plantio.

- Com o aumento na produção de alimentos, criou-se a necessidade de armazenamento. No Neolítico ocorreu um grande desenvolvimento da arte cerâmica.

- Nas primeiras comunidades que se formavam, a organização do trabalho tornou-se necessária. Os homens ficaram encarregados da caça, pesca e segurança (função militar de proteção). As mulheres ficaram com as tarefas de cuidar dos filhos, da agricultura e do preparo dos alimentos.

- Com o aumento da produção ocorreu a geração de excedentes. Além de armazenarem para os períodos de maior necessidade, os homens começaram a trocar estes produtos com outras comunidades. Foi o início da economia de trocas.

- Com mais alimentos, ocorreu um significativo aumento populacional. Este fato passou a gerar a necessidade de formas de administração mais desenvolvidas, inclusive com estabelecimento de lideranças e funções mais específicas dentro da comunidade.

- Ocorreu também, no Neolítico, um significativo desenvolvimento das práticas religiosas (rituais), culturais e artesanais.
Você sabia?
- As primeiras civilizações surgiram e desenvolveram-se no período Neolítico. Dentre elas, podemos citar: Civilização Mesopotâmica (entre os rios Tigre e Eufrates) e Civilização Egípcia (vale do rio Nilo, nordeste da África).