domingo, 8 de setembro de 2013

Gravidez na adolescência

Saúde da criança e do adolescente

Gravidez na adolescência
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 22% dos adolescentes fazem sexo pela primeira vez aos 15 anos de idade. É nesta fase importante de autoconhecimento e incertezas que a falta de informação pode gerar uma gravidez inesperada ou mesmo a contaminação por doenças sexualmente transmissíveis.
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  • Número de adolescentes grávidas no Brasil caiu para 22,4% nos últimos anos
A boa notícia é que com o aumento de ações dentro das escolas, orientação sobre métodos contraceptivos e distribuição de camisinhas em postos de saúde, há mais acesso a recursos para um sexo seguro. Por este motivo, o número de adolescentes grávidas no Brasil tem diminuído.  Entre 2005 a 2009, o número de partos realizados entre jovens de 10 a 19 anos caiu 22,4%, comparado à década anterior, segundo o Ministério da Saúde.
Ainda assim, muitas meninas continuam se descuidando. Segundo a médica Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade do Hospital das Clínicas de São Paulo e professora da Faculdade de Medicina da USP, a gravidez na adolescência, embora inoportuna, nem sempre é indesejada. O desejo de conquistar uma vida melhor, de ter atenção e afeto e de começar a estruturar uma vida autônoma, muitas vezes, levam as meninas a, inconscientemente, a esperar que uma gravidez resolva isso.
Para a médica, mais que educação sexual, as crianças precisam de uma educação para a vida. “Antes da puberdade, elas precisam aprender que podem realizar seus sonhos por meio dos estudos, do trabalho e da construção de um longo projeto de vida”, diz. E que o namoro, por melhor que seja aos 15 anos, não deve atrapalhar esse projeto.
Essa decisão envolve a contracepção desde a primeira relação sexual. Além do uso de camisinha, masculina ou feminina, as meninas também podem optar por uma segunda proteção para aumentar a segurança. Pílulas anticoncepcionais e injeção mensal de hormônio podem ser usadas desde a primeira menstruação. A minipílula, a injeção trimestral e o DIU também podem ser utilizados por mulheres de todas as idades, inclusive pelas adolescentes.
Existem também outros métodos que não envolvem ingestão de nenhum medicamento, mas exigem que a adolescente tenha muita disciplina e planejamento. São eles: a tabelinha (controle dos dias férteis pelo calendário), e o controle do muco cervical (identificação do período fértil analisado pelas características do fluido) e da temperatura basal (análise da temperatura corporal antes e depois da menstruação).
Se mesmo com toda essa informação uma gravidez acontecer, o suporte do companheiro e da família é fundamental. O atendimento médico completo da adolescente grávida é garantido no SUS. É assegurado seu direito ao atendimento pré e pós-natal, parto e pós-parto para garantir a sua saúde e a do bebê.
Confira as Cadernetas de Saúde do Adolescente, desenvolvida pelo ministério da Saúde para meninos e meninas.