Santa Catarina e suas Etnias
Um estudo genético realizado em Costa da Lagoa e em São João do Rio Vermelho, ambas comunidades isoladas de Santa Catarina fundadas por colonos açorianos, revelou que esta população ainda permanece geneticamente próxima à população portuguesa dos Açores, embora elementos africanos e indígenas tenham penetrado nessas comunidades. A ancestralidade dessas comunidades continua predominantemente europeia (80,6%), mas não é exclusivamente açoriana, pois foi detectada considerável mistura africana (12,6%) e indígena (6,8%).
A imigração alemã em Santa Catarina iniciou em 1829, quando 523 alemães oriundos de Bremen fundaram a colônia São Pedro de Alcântara. A vinda de alemães para o Brasil foi incentivada pelo Imperador Dom Pedro I, que pretendia povoar o Brasil meridional a fim de promover o crescimento econômico da região. Diversas outras colônias alemãs foram criadas no estado. As de maior êxito foram as colônias de Blumenau, em 1850, e de Joinville, em 1851. Estas duas colônias foram as responsáveis pelo sucesso da imigração alemã no estado. Cerca de 40% da população catarinense é de origem alemã. A imigração italiana foi a corrente imigratória mais numerosa já recebida por Santa Catarina. Os italianos começaram a chegar ao estado em 1875, provenientes principalmente das regiões do Vêneto e da Lombardia. Assim como ocorreu com os alemães, foram criadas dezenas de colônias etnicamente italianas, sendo as mais prósperas na região do vale do rio Tubarão. As primeiras colônias italianas foram fundadas no litoral de Santa Catarina. No início do século XX, italianos vindos do Rio Grande do Sul passaram a migrar para o oeste de Santa Catarina, e ali as colônias italianas prosperaram. Aproximadamente 30% da população de Santa Catarina descende de italianos