Conteúdo
da prova de Filosofia 3° ano
O que significa as
palavras Philo e
Sophia?
R. A palavra "filosofia"
(do grego) é uma composição de duas palavras: philos (φίλος)
e sophia (σοφία). A primeira é uma derivação de philia (φιλία)
que significa amizade, amor fraterno e respeito entre os iguais; a segunda
significa sabedoria ou simplesmente saber.
Quem inventou a palavra
philosophia?
R. atribui ao filósofo Pitágoras de Samos (que
viveu no século V a.C.) a criação da palavra. Conforme essa tradição,
Pitágoras teria criado o termo para modestamente ressaltar que a sabedoria
plena e perfeita seria atributo apenas dos deuses; os homens, no entanto,
poderiam venerá-la e amá-la na qualidade de filósofos.
Qual a definição de ser e não ser
para Parmênides de Eléia?
O Ser para Parmênides:
Parmênides defendeu
quatro argumentos que são um ponto de partida para as suas afirmações a
respeito dos atributos do Ser. Os argumentos são:
1)
O ser é e não pode não ser;
2)
O nada (não ser) não é e não pode ser;
3)
Pensar e ser são o mesmo;
4)
O não ser não pode ser
pensado nem enunciado;
1) O ser é idêntico a si mesmo: se o Ser fosse diferente de si mesmo,
ele não seria o que “é”. Em outras palavras: se não fosse idêntico a si mesmo,
o Ser não seria ele mesmo, o que é impossível, pois, o ser “não pode não ser”.
2) O ser é um: Não
podemos conceber que exista outro Ser, pois, se houvesse um “segundo ser”, ele
seria diferente do “primeiro ser” — o que é impossível, pois, assim, “o
primeiro ser” teria que não ser o “segundo ser” e teria que ser compreendido
como não sendo. Além disso, é absurdo pensar que o Ser não é. Por isso, só pode
existir um Ser.
3) O Ser não pode ser gerado: Nada
pode ser gerado do nada (“o nada não é e não pode ser”), então ele não pode dar
origem ao Ser. Se fosse gerado de outro Ser, como vimos no ponto 2, isso seria
admitir que existem dois seres e um deles seria o “não ser” de outro, e isso é
impossível.
4) O
ser é imperecível: Parmênides diz que, se não é gerado, o Ser também é
imperecível, pois, do contrário, tornar-se-ia o não ser. Se o Ser não é gerado,
existiu desde todo sempre, então ele já teria experimentado todas as condições
que poderiam fazê-lo deixar de ser. Se isso não aconteceu, é porque o Ser é
“sem começo e sem fim”, ou seja, em relação ao tempo, o ser é eterno.
5) O ser é indivisível: Se
o Ser pudesse ser dividido, da divisão resultariam seres múltiplos – o que é
impossível, como vimos no ponto 2. Do mesmo modo, cada um desses múltiplos
seres seria o não ser do outro, o que também é impossível. Também
presumiríamos, a partir da divisão, a existência de um Ser que dividiria o
outro ser. Logo, como disse Parmênides no fragmento B8: [O Ser] Nem é
divisível, visto ser todo homogêneo (...), mas é todo cheio do que é.*
6) O ser é imutável. A mudança faria com o que o Ser deixasse de ser
aquilo que é e se tornasse algo que ainda não é. Desse modo, admitir a
possibilidade de mudança seria admitir o contrário daquilo que já estudamos: o
que não é ser nada é, ou seja, passaríamos a concordar com a existência do não
ser. Se até mesmo a passagem de tempo não é admitida no pensamento
parmenidiano, pois o Ser seria eterno, não é difícil entender que as outras
mudanças devem ser excluídas, pois só é possível pensar em mudança em relação à
temporalidade. Só percebemos a mudança de um objeto A porque no passado ele era
A e, no momento presente, ele é B. É por isso que Parmênides diz que o Ser
"jamais foi nem será, pois é, no instante presente”.
7) O ser é imóvel: Da mesma forma que a
temporalidade está associada à mudança, está associada ao espaço: para mover de
um lugar ao outro é preciso, também, deslocar-se no tempo. Para entender
melhor, não conseguimos estar na escola e no shopping ao mesmo tempo. No
entanto, para sair da escola e chegar ao shopping, é preciso que exista uma
passagem de tempo. Como, para Parmênides, o Ser está fora da categoria de
“tempo”, pois é eterno, também não podemos colocá-lo na categoria de “espaço”.
Por isso, Parmênides diz que o ser “descansa em si próprio, sempre (…) no mesmo
lugar”.
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Ética é um substantivo derivado do grego ethiké.
De acordo com o dicionário, a palavra ética pode assumir três significados:
-ramo
da filosofia que estuda os princípios da conduta humana, na busca de um
conjunto de regras de comportamento ideal;
-conjunto
de regras que devem ser seguidas
Ainda de acordo com o dicionário, há o conceito de ética social, que é a
filosofia social levada à prática e rege as regras que devem pautar as relações
entre os membros de uma sociedade.
Significado de moral Moral é uma palavra de origem
latina, derivada de morale. Como adjetivo, moral pode assumir tais significados:
-aquilo
que se refere aos bons costumes; -aquele
que age com honestidade e justiça;
-aquele
que é favorável aos bons costumes; -a
parte da teologia que trata dos casos de consciência;
-tudo
aquilo que pode ser considerado decente, que pode servir de exemplo. Como substantivo, moral pode ser:
-a
parte da filosofia que se ocupa dos deveres dos indivíduos numa sociedade;
-a
conclusão comportamental a que uma história fictícia conduz; -disposição
para enfrentar dificuldades.
Ética e Moral - diferenças
A ética é o conjunto universal de valores que orientam o comportamento do homem
em sociedade, com vistas à igualdade, justiça e bem-estar social.
A moral é um conceito mais específico: se refere aos costumes de um grupo;
regula o comportamento do homem dentro deste grupo específico.
Ética e Moral na política O comportamento ético e moral esperado de todo político é a busca pelo bem
comum, sempre de acordo com as regras e os valores da sociedade. Não é apenas
“não ser corrupto”, é governar, elaborando e votando planos e projetos que
respeitem as leis e os valores da sociedade.
Ética e Moral segundo Kant Kant foi um dos muitos filósofos que se ocupou com a questão da ética e da
moral. A ética kantiana tem como princípio o reconhecimento da existência de outros
seres racionais, agindo segundo regras que os outros podem adotar. A norma de
conduta do homem deve estar baseada em sua substância racional, não no
sentimento.